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O prof. Giulio Fanti mostra uma fibra do Santo Sudário vista num microscópio atômico |
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Luis Dufaur Escritor, jornalista, conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
O Santo Sudário que envolveu o corpo de Jesus Cristo no Santo Sepulcro foi submetido a dezenas de estudos e pesquisas pelas mais variadas especialidades científicas e métodos de análise.
Os resultados vêm sendo espantosamente convergentes.
Quando se diria que tantos testes e análises esgotaram tudo o que se podia saber do sagrado linho, que volta a mostrar mistérios assombrosos que jamais puderam ser explicados.
Desvendam-se novos aspectos que consolidam um formidável acúmulo de dados científicos que dizem: o Santo Sudário envolveu o Jesus dos Evangelhos.
Mais recentemente foi a vez do Istituto Officina dei Materiali (IOM-CNR), de Trieste, e do Istituto di Cristallografia (IC-CNR), de Bari, que trabalharam em parceria com o Departamento de Engenharia Industrial da Universidade de Pádua, todos sediados na Itália, segundo narrou o site Aleteia.
A conclusão desses institutos é de que as manchas achadas no tecido não podem ser de tinta.
Mais: elas são de sangue humano, e não de um sangue “qualquer”.
A análise das partículas do tecido teve resolução atômica e apontou “que a fibra de linho está cheia de creatinina, [com partículas] de dimensões entre 20 e 90 nanômetros, ligadas a pequenas partículas de hidrato de ferro de dimensões entre 2 e 6 nanômetros, típicas da ferritina”.
Os pontos mais pequenos são partículas de tamanho nanométrico
que cercam uma fibra do Santo Sudário
Assim explicou Elvio Carlino, coordenador da pesquisa.
Um nanômetro equivale a um milionésimo de milímetro, ou seja, pegue um milímetro, divida-o em um milhão de partes iguais e você terá que cada uma delas mede um nanômetro.
Essa foi a precisão dos equipamentos usados e, obviamente, do resultado.
O Prof. Giulio Fanti, da Universidade de Pádua, complementou que as partículas observadas, “pela dimensão, tipo e distribuição, não podem ser uma obra realizada séculos depois no tecido do Santo Sudário”.
As investigações confirmaram que o tecido realmente entrou em contato com o sangue de um homem morto que tinha sofrido múltiplas e graves feridas.
Segundo o Prof. Fanti, “a ampla presença de partículas de creatinina unidas a partículas de ferridrita não é uma situação típica de soro sanguíneo de um organismo humano em estado normal de saúde.
“Um alto nível de creatinina e ferritina tem relação com pacientes que sofreram um politraumatismo severo, como a tortura.
“A presença dessas nanopartículas biológicas indica que o homem que foi envolvido no sudário de Turim sofreu uma morte violenta”.
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Imagem de uma nanopartícula grande presente nas fibras do Santo Sudário |
Texto completo do estudo Novas evidências biológicas a partir de estudos de resolução atômica sobre o Sudário de Turim. CLIQUE AQUI
O estudo confirma o que outras pesquisas e análises já tinham apontado décadas atrás.
Sobretudo, ele constitui uma nova e impactante prova em favor da afirmação de que o Santo Sudário é verdadeiramente o pano mortuário que envolveu o corpo morto de Nosso Senhor Jesus Cristo, de acordo com os usos tradicionais judaicos.
Duas análises anteriores, realizadas paralelamente em 1978 por Baima Bollone na Itália e por Heller e Adler nos Estados Unidos, por exemplo, já haviam detectado a presença de bilirrubina nas manchas sanguíneas do Sudário.
Elvio Carlino escreve que agora os estudos se concentraram nas partes das fibras que não podem ser acessadas pelos microscópios ópticos tradicionais.
As fibras foram examinadas com resolução atômica segundo um método recentemente criado pelo referido Istituto Officina dei Materiali (IOM-CNR), de Trieste.
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A seta amarela assinala o local exato de onde foi extraída a fibra cujo estudo foi publicado em PlosOne. A fibra oi colhida por B. M. Schwortz em 1978. Veja “Cientista incrédulo estudou 37 anos o Santo Sudário |
Segundo o vaticanista Andrea Tornielli, ficam mais uma vez desmentidas muitas pretensas reconstruções montadas para dizer que o Santo Sudário seria um objeto pintado na Idade Média.
Os pesquisadores e coautores Liberato De Caro e Cinzia Giannini do IC-CNR também assinam a conclusão.
O Prof. Carlino, chefe da equipe, afirma que ela trabalhou “baseando-se nas evidências de experimentos de microscopia eletrônica com resolução atômica, tomando como ponto de referência recentes estudos médicos sobre pacientes que sofreram fortes politraumatismos e tortura”.
“Nas fibras ficou registrado em nível nanométrico um cenário violento, a vítima foi envolta depois no tecido fúnebre. Estas provas só podiam ser reveladas com os métodos criados recentemente no campo da microscopia eletrônica de resolução atômica”.
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Imagem obtida com microscópio óptico. As setas apontam ‘manchas hemáticas’. O novo estudo focou zonas carentes de qualquer detalhe visível com microscópio óptico. |
Hoje não pode haver mais dúvida do ponto de vista científico de que o Santo Sudário revestiu o cadáver de um homem torturado e morto com os mesmos procedimentos descritos nos Evangelhos sobre a crucificação de Jesus, conclui Tornielli.
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