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Uma grande razão para rezarmos pelas almas dos falecidos: o Purgatório

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Pensando no bem que podem ganhar nesta data religiosa as almas dos fiéis defuntos -- ente as quais pode haver parentes ou amigos nossos -- reproduzimos a continuação o post Museu das almas do Purgatório 1: uma janela para o além que merece ser mais estudada com estimulante matéria a respeito para rezarmos por essas almas.


Fachada da igreja do Sagrado Coração do Sufrágio

Indo à Basílica de São Pedro pelo Lungotevere – a avenida que bordeja o histórico rio Tibre – o romeiro é surpreso por uma bonita igreja que tem o imponderável de conter algo muito singular.

Não é só o fato de seu estilo neogótico evocar a França e destoar do distendido conjunto arquitetônico romano.

Luminosa, delicada, esguia, sorridente, mas infelizmente fechada boa parte do dia, a igreja do Sagrado Coração do Sufrágio fica a dois quarteirões de Castel Sant’Angelo e da Via dela Conciliazione, que leva direto ao Vaticano.

VER EM GOOGLE MAPS

Perguntei a amigos romanos o que havia nessa igrejinha.

Eles me explicaram – não sem antes me prevenirem de não me espantar – que lá havia um Museu das Almas do Purgatório.

Quer dizer, uma coleção de sinais do além deixados por essas almas, que na maioria das vezes apareceram ardendo internamente a parentes ou irmãos de religião.

Sempre pedindo orações para saírem do Purgatório, onde pagavam penas devidas a seus pecados e irem para o Céu.


A igreja com destaque à direita, no centro Castel Sant'Angelo,
à esquerda sai a Via della Conciliazione rumo a São Pedro
Quando achei o horário certo, ingressei pela igrejinha do Sagrado Coração do Sufrágio naquele inédito museu.

Nele os objetos estão expostos dentro de quadros protegidos por vidros, encostados uns aos outros por causa da exiguidade da sala.

Talvez seja o menor museu do mundo. E, entretanto, pode-se dizer que o tema ao qual se dedica é mais transcendente que o de muitos museus mais ricos e famosos.

Na época, lamentei as parcas informações fornecidas numa simples folha para uso geral dos visitantes. Mas, ainda assim, os testemunhos do além muito me impressionaram.

Interior da igreja
A importância do Museu evidenciou-se ainda mais com a entrevista realizada há pouco por uma TV italiana com o pároco da igreja, o Pe. Domenico Santangini.

Como ela foi feita em italiano, transcrevi todas suas palavras para o português e apresentando-as aqui.

Os singulares objetos que fazem parte do Museu – roupas, madeiras e outros objetos queimados com formas de mãos e outras pelas almas em fogo – merecem serem estudados pela ciência.

Como católicos nada tememos sobre as verdades de Fé envolvidas no caso.

O Purgatório não foi objeto de uma definição solene ex-cathedra, mas são inúmeros os ensinamentos revelados contidos nas Escrituras e não é lícito duvidar de sua existência.

No centro do altar mor, o Sagrado Coração de Jesus recebe as orações
de Nossa Senhora e São José.
Embaixo, as almas do Purgatório se voltam para o anjo e Nossa Senhora
enquanto o sacerdote oferece a Missa pelas almas que purgam.
Se os teólogos discutem sobre ele, é apenas sobre seu lugar e outras circunstâncias que não mudam o fato essencial: o Purgatório existe e por ele devem passar as almas destinadas ao Céu, mas que devem pagar penas por faltas cometidas na Terra.

Diz-se até que a grande Santa Teresa de Jesus teria passado pelo Purgatório para fazer uma genuflexão que não fez certa vez ao atravessar uma capela...

Como sói acontecer, estudos científicos poderiam fornecer detalhes materiais que contribuiriam para compreendermos melhor a realidade desse lugar do além, o qual não está tão longe de nós como poderíamos achar.

Em consequência, nós nos sentiríamos mais convidados a rezar pelas almas que nele estão – quem garante que também nós não poderemos estaremos um dia? – e fazermos uma meditação sobre o destino final de nossa existência.

“Pensa nos teus novíssimos e não pecarás eternamente” (Eclo 7, 40) – ensinam as Escrituras.

Aliás, o caso desse museu não é o único sobre o qual as ciências não se debruçam.

Mas é algo muito concreto, material: as provas estão gravadas com fogo em panos, folhas, livros e móveis que a gente vê com os próprios olhos e que nos abre uma janela para uma imensa realidade.

Eis a transcrição da entrevista do pároco e curador do Museu do Purgatório:


Pe. Domenico Santangini, pároco do Sagrado Coração do Sufrágio, Roma: É certo que o Purgatório existe, embora não seja uma verdade de fé absoluta como o Inferno e o Paraíso. Porém, para a Igreja, é uma realidade autêntica, verdadeira.

Muitos, infelizmente, fingem não acreditar ou não acreditam de fato, por motivos pessoais. Para nós existe.

Como? Por quê?

Porque o homem é pecador e, enquanto tal, para chegar ao Senhor tem necessidade de purificação. E esta passagem das almas boas é obrigatória, uma passagem para ter uma alma limpíssima.

É lógico que o Purgatório é uma passagem para o Paraíso, não pode ser para o Inferno. Porque o Inferno é uma condenação absoluta e imediata.

Nossa Senhora do Carmo resgata almas do Purgatório.
Brooklyn Museum, escola de Cuzco, Peru
Portanto, procuremos descobrir a importância do Purgatório e de rezar muito pelas almas do Purgatório.

Porque, uma vez que estas almas entram no Paraíso, elas podem interceder por nós que estamos aqui embaixo.

Portanto, caros amigos, caríssimos fiéis, permanecei tranquilos e serenos. O Purgatório é uma grande verdade, uma grande realidade que não podemos deixar de reconhecer.

Quando falamos do além, falamos das almas do Purgatório.

Certamente podemos falar do Inferno.

Mas, não cabe a nós estabelecer quem está no Inferno ou no Purgatório. Só o Padre Eterno sabe, por isso nós cristãos de boa fé, quando encomendamos uma Missa pelos defuntos, a encomendamos pelas almas do Purgatório.

As almas santas podem se fazer sentir, “se apresentar” a nós, de muitas maneiras.

Poder ser num sonho, pode ser num elemento exterior, pode ser uma intuição, pode ser algumas vezes uma aparição.

Assim como temos nesta paróquia, existem testemunhos que põem em evidência como as almas do Purgatório pedem a nós, vivos, orações ou Santas Missas para que elas possam ser liberadas dos sofrimentos do Purgatório.

Por que o Purgatório é sofrimento? Por quê? É sofrimento porque ainda não chegaram a Deus. É o sofrimento da separação de Deus. Esta separação cessa quando entram no Paraíso.

Quem pratica o espiritismo não faz outra coisa senão invocar a alma dos mortos, mas, se respondem, esses mortos querem dizer que estão no Inferno.

Porque as almas que estão no Purgatório, embora distantes do Senhor, não se prestam ao nosso jogo humano de invocação, enquanto que as almas do inferno, que já são almas perdidas, como verdadeiros diabos então respondem, para poder atrair outras almas para onde elas estão.

Portanto, o espiritismo é exatamente o oposto da oração ou da aparição dessas almas aos vivos. É exatamente o oposto.
Altar pelas almas do Purgatório. Igreja de São Francisco, Pontevedra, Espanha

O bom cristão não pode não acreditar no Purgatório. Porque se ele não crê no Purgatório não é um verdadeiro cristão, transforma-se quase num pagão. Sim, um pagão.

Jesus nos disse muitas vezes no Evangelho que, no Fim do Mundo, Ele levará ao Paraíso as almas dos justos que dormem o sono da paz. Os levará ao Paraíso. Então, quer dizer que existe esta passagem.

Lógico, há santos que talvez vão direto ao Paraíso. Mas muitas almas, por faltas mais ou menos graves, passam pelo Purgatório.

Mas o espiritismo é uma coisa nefasta, e os cristãos que vão consultar esses charlatões cometem pecado grave, gravíssimo.

Jornalista : E fazer encomendas é pecado?

Pe. Domenico Santangini: É pior ainda. É pior ainda. Por favor, não façam essas coisas. Porque é o demônio que responde, e de fato toma conta da vossa alma.

O demônio é velhaco, velhaquíssimo. Devemos verdadeiramente evitar ir, e dizer aos outros para não fazê-lo – a nossos parentes, amigos –porque, de outro modo, podem comprometer sua alma.

Quando dizemos que alguém vende a alma ao demônio é através dessa via, desse espiritismo, dessas evocações.

Clique aqui para a continuação



Como explicar que tantas imagens de Nossa Senhora e de Nosso Senhor tenham sido salvas nas Filipinas?

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Com menos de um mês de intervalo, duas enormes calamidades caíram sobre as Filipinas, país muito populoso de maioria católica.

O país é um grande arquipélago exposto a fenômenos sísmicos e furacões de rara intensidade.

No dia 16 de outubro um terremoto de magnitude 7.2 atingiu especialmente a ilha de Bohol danificando severamente grandes e sólidas igrejas coloniais, de até 400 anos de antiguidade.

A segunda grande calamidade foi provocada pelo tufão Haiyan (lá denominado Yolanda) em 8 de novembro que causou por volta de 2.500 mortes.

Nas duas imensas tragédias registrou-se o mesmo fenômeno: imagens de Nossa Senhora e do Sagrado Coração de Jesus ficaram admiravelmente indenes.


Por exemplo, a imagem pintada Ver foto ao lado.
numa igreja de Bohol: todo o muro da igreja caiu, mas a parte dele onde estava a imagem ficou surpreendentemente em pé.

No mesmo terremoto, informa a televisão filipina, diversas imagens, sobretudo de Nossa Senhora de Lourdes, também foram inexplicavelmente salvas.

“É um milagre” dizia Carol Ann Balansag ao jornal Inquirer News, apontando a imagem, intata no meio das ruínas, da padroeira da igreja da Santa Cruz, do século XVIII, em Barangay, província de Bohol.

Entre as ruínas da igreja de Nossa Senhora da Luz, na cidade de Loon, província de Bohol, os fiéis podiam invocar a misericórdia divina e o auxílio e o perdão diante da imagem da padroeira também assombrosamente salva.

Os fiéis fitavam com lágrimas nos olhos a gruta de Nossa Senhora da Luz arruinada, mas a imagem salva.

“O terremoto destruiu a igreja, mas não atingiu nossa padroeira”, dizia o Pe. Tom Balatayo.

Amélia Sevilla agradecia a Nossa Senhora por tê-la salvo a ela, o marido e os quatro filhos. Durante o terremoto, ela correu com eles para a igreja, temendo o tsunami que acostuma vir após a terra tremer.


Veja o vídeo: ele não tem som, pois segundo quem o postou na Internet, está em tagalo, língua incompreensível para nós ocidentais. Mas as imagens são suficientemente eloquentes.

Durante o tufão Haiyan a imagem do Sagrado Coração de Jesus cuja foto vemos ao lado, ficou em pé vencendo a fúria dos elementos.

Não haverá em todas estas proteções um ensinamento, e quiçá um aviso, para todos nós também?

Para quem se interessa pelas relações da ciência e da religião eis uma pergunta que merece reflexão e uma resposta: Como explicar que tantas imagens de Nossa Senhora e de Nosso Senhor tenham sido salvas nas Filipinas?

Prêmio Nobel de Medicina: não há explicação para os milagres de Lourdes

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Dr. Luc Montagnier, do Instituto Pasteur de Paris  Prêmio Nobel de Medicina em 2008
Dr. Luc Montagnier, do Instituto Pasteur de Paris
Prêmio Nobel de Medicina em 2008
Um dos pontos em que se pretende jogar a ciência contra a religião é a problemática do milagre.

E o caso de Lourdes é o que deixa mais perplexa a uma certa ciência eivada de preconceitos anti-religiosos e/ou anti-católicos.

Um Prêmio Nobel de Medicina, descobridor do vírus do HIV, causador da AIDS, ele próprio agnóstico, foi a Lourdes, participou de um encontro científico sobre os milagres atribuídos à "água milagrosa", e ficou sem o que dizer.

Ele reconheceu que a ciência não tem meios de explicar os milagres lá cientificamente constatados após longa discussão e análise.

Mas, não dá o braço a torcer. Sobre o caso, reproduzimos a seguir um post extraído do blog "Lourdes e suas aparições":

O bacteriólogo Luc Montagnier, Prêmio Nobel de Medicina de 2008, participou no primeiro colóquio científico internacional organizado pelo Santuário de Lourdes nos dias 8 e 9 de junho de 2012, segundo informou o jornal “La Croix” de Paris.

Entrevistado naquela ocasião por“La Croix”, o biólogo que é agnóstico declarado, reconheceu que nos milagres de Lourdes “existe algo inexplicável”.

A guisa de esclarecimento do que ele não consegue explicar, disse: “pode se imaginar que as doenças podem ser curadas de uma forma diversa da que a medicina conhece no momento presente”.

Essa forma que a medicina não compreende e que maravilha aos estudiosos é o que se chama “milagre”. Mas, o agnóstico professor pena a tirar esta última consequência, entretanto, tão sensata, até linguisticamente.

Prêmio Nobel de Medicina: em Lourdes "existe algo inexplicável"
Prêmio Nobel de Medicina: em Lourdes "existe algo inexplicável"
Não é o primeiro cientista que tenta achar alguma causa material. Neste blog temos citado muitos deles que analisaram a água em épocas diversas e de pontos de vista diferentes.

Montagnier veio assim a atualizar as investigações físico-químicas sobre a “água milagrosa” de Lourdes, acrescentando sua grande autoridade em virologia.

O Prêmio Nobel reconheceu na entrevista que a medicina não tem dados para explicar os milagres de Lourdes.

Ele disse: “alguns fenômenos inexplicáveis podem acontecer. Doentes que estavam desenganados passam a viver muitos anos. Eu não tenho explicação neste momento”.

O cientista ficou surpreso constatando a ausência de elementos científicos que expliquem essas curas que entretanto são — eis o paradoxo — cientificamente verificadas: “no entanto sabemos muito pouco. As recuperações milagrosas de Lourdes são muito raras, mas são reconhecidas”.

“Eu tento achar explicações racionais para toda cura e eu sei que tal vez não conseguirei. Há coisas que permanecem sem explicação até o dia de hoje e tal vez serão explicáveis”, pela ciência, obviamente, acrescentou Montagnier.

Montagnier afirma não excluir nada, diferentemente de outros colegas seus.

Mas, tenta acenar com alguma causa nas propriedades do elemento água: “através de estudos com alguns colegas, deparei-me com o fato de a água possuir algumas propriedades extraordinárias (…) tal vez também a de Lourdes.

Só a água de Lourdes, que é natural, faz milagres. Por quê?
Só a água de Lourdes, que é natural, faz milagres. Por quê?
“Neste momento, não disponho de dados específicos, mas sei que a água pode manter estruturas que ficarão impressas no DNA e pode transferir a informação genética. Tentarei adaptar os meus conhecimentos com o fenômeno de Lourdes”.

Sendo assim, por quê a água de outros mananciais, tão natural como a de Lourdes, não faz “milagres” análogos aos que a ciência constatou em Lourdes?

Não cabe à ciência declarar que tal cura foi ou não “milagrosa”. Isso é tarefa da autoridade eclesiástica, portanto tarefa religiosa.

Mas a ciência age em seu campo reconhecendo, ou não, se tal cura se explica, ou não, segundo os conhecimentos e procedimentos científicos aceitos. E o egrégio Prêmio Nobel acabou reconhecendo a inexplicabilidade das curas da “água milagrosa” de Lourdes.

A água de Lourdes é água natural potável e boa. E mais nada. A causa dos milagres é a graça divina. E Deus quis dispensar graças de cura por meio da intercessão de Nossa Senhora e da água natural da Gruta de Lourdes.





Ele enviou sua Mãe Santíssima que apareceu a Santa Bernadette. E Nossa Senhora mandou beber e se lavar com a água da Gruta, em sinal de penitência, submissão, reconhecimento e louvor da Imaculada Conceição.

Trata-se da fonte que flui na Gruta das Aparições (video embaixo), que a própria Santa Bernadette Soubirous encontrou escavando a terra, seguindo as orientações da Santíssima Virgem Maria.

Video: A fonte da "água milagrosa" de Lourdes




Por sinal, a água da gruta não é o único instrumento das curas em Lourdes.

Dos 69 milagres canonicamente reconhecidos, 48 estão diretamente relacionados com a água de Lourdes.

Mas, os outros 21 aconteceram em outras circunstâncias, notadamente durante a Bênção do Santíssimo aos doentes na basílica, ou no pátio, do Santuário.


Historiador de Mattei fala, no Brasil, sobre o Concílio Vaticano II

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O Prof. Roberto de Mattei, historiador italiano, ex-vicepresidente do Consiglio Nazionale delle Ricerche que obteve o Prêmio Acqui Storia - o mais importante da Itália no campo da historiografia e um dos mais importantes do mundo - proferirá no Brasil uma série de palestras sobre os bastidores do Concílio Vaticano II, entre os dias 8 e 15 de dezembro de 2013.

O Prof. de Mattei é autor, entre muitas outras obras, do muito procurado livro "O Concílio Vaticano II - Uma história nunca escrita" - (PODE SER COMPRADO AQUI).

Os eventos são promovidos por diversas associações em suas respectivas cidades.

Em São Paulo, a conferência do historiador está sendo promovida pelo Instituto Plinio Corrêa de Oliveira - IPCO.

O evento realizar-se-á no Club Homs, na Avenida Paulista, 735 – São Paulo (SP), a 100 metros do Metrô Brigadeiro, estacionamento pago no local.

Eis a lista dos eventos no Brasil, para os quais os promotores fazem um amável e generoso convite a todos os interessados:

- 8 de dezembroRio de Janeiro– no Windsor Flórida Hotel, na Rua Ferreira Viana, 81 – Bairro Flamengo. Faça já sua inscrição

- 9 de dezembroRecife– Pernambuco - no auditório do CIRCAPE - Círculo Católico de Pernambuco – Rua Riachuelo, 105 – 10º andar: Faça já sua inscrição

- 10 de dezembro– Brasília – Lançamento do livro, na Livraria Cultura: Clique aqui e faça sua reserva 

- 12 de dezembroSão Paulo– Conferência no Club Homs, Av. Paulista, 735: Clique aqui e faça sua inscrição. 

Escolha sua cidade e faça já sua inscrição. No dia da conferências haverá, para os participantes, sorteio dos livros: O Concílio Vaticano II – uma história nunca escrita e Apologia da Tradição.

Para maiores informações clique aqui.


Ossos de São Pedro venerados solenemente no Vaticano

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No domingo 24 de novembro foram venerados publicamente relíquias do Apóstolo São Pedro, na praça diante da basílica a ele dedicada no Vaticano.

Tratou-se da primeira exposição pública de suas relíquias, que tanto deram margem à polêmica histórica, arqueológica e científica.

Durante a cerimônia que encerrou o Ano da Fé, uma procissão trouxe para o altar um relicário de bronze com oito fragmentos de ossos do Apóstolo que Jesus Cristo instituiu como Príncipe supremo do Colégio Apostólico e chefe da Igreja. Dessa maneira, ele foi o primeiro Papa da História, por instituição divina.

Essa monarquia de origem divina vem sendo transmitida pelos Papas o longo dos séculos, e assim o será até o fim dos tempos.

Por vez primeira vez em 2 mil anos a Igreja exibia ao público as relíquias do primeiro papa, que estão habitualmente guardadas na cripta da Basílica de São Pedro, onde elas podem ser veneradas.

Dezenas de milhares de pessoas lotaram a célebre praça malgrado o frio quase invernal.

O debate sobre a autenticidade das relíquias estendeu-se nos últimos 70 anos, engajando cientistas e religiosos.

Esse debate começou em 1939 quando o papa Pio XII autorizou o início da escavação da Basílica, para esclarecer todos os aspectos relativos ao túmulo do Príncipe dos Apóstolos.

Em 1965, a arqueóloga Margherita Guarducci anunciou que havia identificado os ossos como sendo do primeiro vigário nomeado por Jesus Cristo.

“Nenhuma outra hipótese é concebível quanto aos ossos encontrados”, disse a arqueóloga.

Sua tese também se baseava no fato de ter encontrado perto do túmulo a inscrição “Petr eni”, abreviação em grego de “Pedro está aqui”.

Obviamente, como acontece nestes casos, houve contestações do ambiente científico e de religiosos, entre os quais arqueólogos jesuítas, mas que serviram para aprofundar os estudo se tirar uma certeza provada no crisol da crítica.

Em 1968, o papa Paulo VI fez o anúncio oficial das redescoberta.

Poucos dias antes, o jornal oficial do Vaticano, o L’Osservatore Romano, acrescentou que as relíquias também são “reconhecidas pela tradição” como sendo as próprias de São Pedro.

Além de fiéis, 1,2 mil patriarcas e arcebispos de ritos católicos de tradição oriental, cardeais, bispos e padres participaram da cerimônia.

Em diversos post deste blog, nós temos tratado do longo percurso da ciência para chegar à certeza de serem esses os ossos do Santo Apóstolo.

Veja por exemplo:
“Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja”. A emocionante descoberta dos ossos de São Pedro no Vaticano – 1

“Pedro está aqui”. A emocionante descoberta dos ossos de São Pedro no Vaticano – 2

Arqueólogos reconhecem: “Pedro está aqui”. A emocionante descoberta dos ossos de São Pedro no Vaticano – 3

Os ossos de São Pedro estão no Vaticano? ‒ 1. A origem da dúvida

Testemunho unânime da Tradição sobre a presença dos ossos de São Pedro no Vaticano ‒ (2)

A ciência confirma: os ossos de São Pedro estão no Vaticano! (3)

Novos achados sobre os ossos de São Pedro no Vaticano (4)

TUDO

Por que choras, Menino bom?

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Sermão de Natal pregado por São João de Ávila
no dia de Santo Estevão (26 de dezembro)

O Menino chora na estreiteza do estábulo. Por que choras, Menino bom? Estará aqui presente algum grande pecador que trema quando Deus lhe disser: – “Onde estás?”?

Que grande mal tê-lo ofendido muito, lembrar-se de vinte anos de grandes ofensas! Que resposta darás quando Deus te interpelar?

Assim como tu tremes, tremiam os irmãos de José quando este lhes disse: “Eu sou José, vosso irmão, que vós vendestes (Gên 45, 4).

E eles pensaram: “Infelizes de nós! Ele agora é Rei. Há de querer matar-nos, tem motivos e pode fazê-lo”. Tremiam.

É o pecador que treme por ter ofendido a Deus. Ofendestes a Deus e por isso tendes razão em tremer. Convido os que estão em erro, os que têm a consciência pesada e os grandes pecadores a ir até à manjedoura ver o Menino chorar.

Por que chorais, Senhor? Os irmãos daquele José não ousavam aproximar-se dele, até que o viram chorar: ”Eu sou vosso irmão, aproximai-vos, não tenhais medo.

José levanta a voz, chora e, não contente com isso, conforme diz a Sagrada Escritura, beijou em seguida a cada um dos seus irmãos, chorando com todos eles (Gên 45, 15), e os irmãos pediram-lhe perdão.




– “Não tenhais receio (Gên 45, 5)” – dizia-lhes ele –, “vendestes-me por maldade, mas, seu não tivesse vindo para cá, todos morreríeis de fome. Deus tira dos males o bem”.

Menino, por que chorais? – “Para que os pecadores compreendam que, embora tenham pecado, devem aproximar-se de Mim sem temor, se se arrependerem de ter-Me ofendido”.

O Menino chora de ternura e amor. Bendito Menino! Quem Vos colocou nessa manjedoura senão o amor que tendes por mim? Fomos maus e ingratos, como contra o nosso irmão José. Vendemo-lO.

Presépio bordado pelas dominicanas de Stone, Staffordshire, Inglaterra
Presépio bordado pelas dominicanas de Stone,
Staffordshire, Inglaterra
Um disse: – “Prefiro cometer uma maldade a ficar com Cristo”.

Outro disse: – “Prefiro um prazer da carne a Ele”. Vendemos o nosso Irmão, traí-mo-lO.

E José, o santo, convida-nos a aproximar-nos da manjedoura e a ouvir esse choro causado por cada um de nós.

Se olhásseis para esse Menino com os olhos limpos, se adentrásseis na Sua alma, encontraríeis uma inscrição que vos diria: “Estou chorando por ti”, pois desde a concepção Ele teve conhecimento divino e conhecia todos os nosso pecados e chorava por eles.

E se está chorando pelos nossos pecados, que pecador não sentirá confiança, se quiser corrigir-se?

Há algo no mundo que inspire mais confiança do que ver Cristo numa manjedoura, chorando pelos nossos pecados?

Por que chorais? Que fazeis, Senhor?

– “Começo a fazer penitência pelo que tu fizeste”.

Pois bem, que fará um cristão que olhe com olhos de fé para Cristo que chora pelos seus pecados?

Ai de mim, porque tarde Vos conheci, Senhor! Ai de mim por tantos anos perdidos sem Vos conhecer! Quem se deixará dominar pela tibieza ao ver Deus humanado chorar?


Indícios arqueológicos e testes científicos da luta de Davi contra Golias

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Davi combate contra Golias, Bibliotèque Nationale de France, breviário de Martim de Aragão
Davi combate contra Golias, Bibliotèque Nationale de France, breviário de Martim de Aragão

Arqueólogos de Jerusalém descobriram no ano 2007 vestígios que confirmam, de modo colateral mas precioso, o relato bíblico da luta e vitória do Rei-profeta Davi contra o gigante filisteu Golias.

O local situa-se em Tel es-Safi, no sul de Israel, onde antigamente esteve Gat, a cidade filistéia de onde provinha Golias.

O Dr. Aren Maeir, diretor das escavações, confirmou ao "Jerusalem Post" que os achados provam que o combate de Davi contra Golias não é lenda, e que existiam representações artísticas dele feitas aproximadamente 50 anos após o fato bíblico.

Mas, o texto bíblico da luta entre Davi e Golias enfrenta diversas dificuldades, além de sua veracidade histórica, que vai ficando cada vez mais incontrovertível.

Poderia ser que um menino ou adolescente pastor, com uma simples funda, derrubar um gigante armado?


Golias estava recoberto com uma armadura de bronze que pesava aproximadamente 56 quilos.

As armas da época incluíam o elmo, geralmente metálico, com reforços internos em sola, e pedrarias ornamentais externas do lado de fora no caso dos mais famosos, como o herói filisteu Golias.

O elmo forçosamente não protegia certa partes da testa, por exemplo os olhos e em volta deles.

Poderia uma pedra, ainda que jogada com pontaria, ainda que jogada com acerto extremo ter força para ferir de morte o gigante adulto?

Combate entre Davi e Golias, Biblioteque Nationale de France, Petites Heures de Jean de Berry
Combate entre Davi e Golias, Bibliotèque Nationale de France, Petites Heures de Jean de Berry
Como pode ter sido a funda usada pelo futuro rei e profeta Davi? Que projétil usou o então jovem pastor?

Testes modernos com reprodução de fundas de época provam que o relato da Bíblia é veraz e que a realidade bem confirma o que está escrito pelo autor sagrado.

Luis Pons Livermore, das Baleares, Espanha, o maior “fundeiro” (atirador esportivo de funda) do momento foi a Israel para colaborar em testes sobre a efetividade de uma funda como a usada por Davi.

Cientistas acompanharam o teste, apresentando as condições necessárias para ser verídico e crível.

Veja vídeo
O Dr. Mike Edwards, traumatologia calculou que a força de uma pedrada capaz de matar alguém deve golpear o crâneo com uma potência algo acima de 3.000 newtons numa área de 30 milímetros quadrados.

3.000 newtonsequivalem à força necessária para partir ao meio um bloco de concreto.

O teste se revelou positivo: o “fundeiro” balear fez uma pedra atingir o equipamento de medição com uma potência de 3.620 newtons, o bastante para liquidar Golias.

Assim descreve o primeiro livro de Samuel, capítulo XVII o combate de Davi com Golias:

1. Mobilizaram os filisteus as suas tropas para a guerra e concentraram-se em Soco, em Judá. Acamparam entre Soco e Azeca, em Efes-Domim.

2. Saul e os israelitas mobilizaram-se de seu lado e acamparam no vale do Terebinto, pondo-se em linha de combate contra os filisteus.

3. Estes estavam num lado da montanha e Israel na colina defronte; o vale os separava.

4. Saiu do acampamento dos filisteus um campeão chamado Golias, de Get, cujo talhe era de seis côvados e um palmo. (Nota: côvado hebreu = aproximadamente 428.1 mm; palmo = aprox.. 220 mm. Portanto, 2, 788 metros aprox.)

5. Trazia na cabeça um capacete de bronze e no corpo uma couraça de escamas, cujo peso era de cinco mil siclos de bronze. (Nota: siclo = aprox. 11,4 gramas, portanto 57 quilos aprox.)
Davi contra Golias, De Ricci MS 050, f 71
Davi contra Golias, De Ricci MS 050, f 71

6. Tinha perneiras de bronze e um dardo de bronze entre os ombros.

7. O cabo de sua lança era como o cilindro de um tear, e sua ponta pesava seiscentos siclos de ferro. Um escudeiro o precedia.

8. Apresentou-se ele diante das tropas israelitas e gritou-lhes: Por que viestes dispostos a uma batalha? Não sou eu filisteu, e vós os escravos de Saul? Escolhei entre vós um homem que desça contra mim.

9. Se ele me vencer, batendo-se comigo, e matar-me, seremos vossos escravos; mas, se eu o vencer e o matar, então sois vós que sereis nossos escravos e nos servireis!

10. E ajuntou: Lanço hoje este desafio ao exército de Israel: dai-me um homem para lutarmos juntos!

11. Saul e todo o Israel ouviram essas palavras do filisteu, e ficaram consternados, cheios de medo. (...)

16. O filisteu aproximava-se pela manhã e pela tarde, e isso por quarenta dias seguidos. (...)

20. (...) Davi, confiando o rebanho a um pastor, tomou sua bagagem e partiu, como lhe ordenara Isaí. Chegou ao acampamento no momento em que saía o exército para a batalha, levantando o grito de guerra.

21. Israel e os filisteus puseram-se em linha de combate, tropa contra tropa. (...)

23. Golias, de Get, avançou para fora das fileiras do seu exército, proferindo o mesmo desafio (como nos dias precedentes), que Davi escutou.

24. Todo o Israel recuava à vista do homem, tremendo de medo.

25. Vedes, diziam eles, esse homem que avança? Ele vem insultar Israel. Aquele que o matar, o rei o cumulará de favores, dar-lhe-á sua filha e isentará de impostos em Israel a casa de seu pai.

26. Davi perguntou aos que estavam perto dele: Que será feito àquele que ferir esse filisteu e tirar o opróbrio que pesa sobre Israel? E quem é esse filisteu incircunciso para insultar desse modo o exército do Deus vivo?

27. E deram-lhe a mesma resposta: Dar-se-á isto e isto a quem o ferir. (...)

31. As palavras de Davi foram ouvidas e comunicadas a Saul, que o mandou vir à sua presença.

32. Davi disse-lhe: Ninguém desanime por causa desse filisteu! Teu servo irá combatê-lo.

Davi decapita Golias, Dscriptorium, Med-Ren Frag 73
Davi decapita Golias, Dscriptorium, Med-Ren Frag 73
33. Combatê-lo, tu?!, exclamou o rei. Não é possível. Não passas de um menino e ele é um homem de guerra desde a sua mocidade.

34. Davi respondeu a Saul: Quando o teu servo apascentava as ovelhas do seu pai e vinha um leão ou um urso roubar uma ovelha do rebanho,

35. eu o perseguia e o matava, tirando-lhe a ovelha da boca. E se ele se levantava contra mim, agarrava-o pela goela e estrangulava-o.

36. Assim como o teu servo matou o leão e o urso, assim fará ele a esse filisteu incircunciso, que insultou os exércitos do Deus vivo.

37. O Senhor, acrescentou, que me salvou das garras do leão e do urso, salvar-me-á também das mãos desse filisteu. Vai, disse Saul a Davi; e que o Senhor esteja contigo!

38. O rei revestiu Davi com sua armadura, pôs-lhe na cabeça um capacete de bronze e armou-o de uma couraça.

39. Davi cingiu a espada de Saul por cima de sua armadura e tentou andar com aquela equipagem inusitada. Mas disse a Saul: Não posso andar com isso, pois não estou habituado!

40. E, tirando a armadura, tomou seu cajado e escolheu no regato cinco pedras lisas, pondo-as no alforje de pastor que lhe servia de bolsa. Em seguida, com a sua funda na mão, avançou contra o filisteu.

41. De seu lado, o filisteu, precedido de seu escudeiro, aproximou-se de Davi,

42. mediu-o com os olhos, e, vendo que era jovem, louro e de delicado aspecto, desprezou-o.

43. Disse-lhe: Sou eu porventura um cão, para vires a mim com um cajado? E amaldiçoou-o em nome de seus deuses.

44. Vem, continuou ele, e eu darei a tua carne às aves do céu e aos animais da terra!

45. Davi respondeu: Tu vens contra mim com espada, lança e escudo; eu, porém, vou contra ti em nome do Senhor dos exércitos, do Deus das fileiras de Israel, que tu insultaste.

46. Hoje o Senhor te entregará nas minhas mãos, e eu te matarei, cortar-te-ei a cabeça, e darei os cadáveres do exército dos filisteus às aves do céu e aos animais da terra. Toda a terra saberá que há um Deus em Israel;

Davi exibe a cabeça de Golias. Gustave Doré, séc.XIX
Davi exibe a cabeça de Golias. Gustave Doré, séc.XIX
47. e toda essa multidão saberá que não é com a espada nem com a lança que o Senhor triunfa, pois a batalha é do Senhor, e ele vos entregou em nossas mãos!

48. Levantou-se o filisteu e marchou contra Davi. Davi também correu para a linha inimiga ao encontro do filisteu.

49. Meteu a mão no alforje, tomou uma pedra e arremessou-a com a funda, ferindo o filisteu na fronte. A pedra penetrou-lhe na fronte, e o gigante caiu com o rosto por terra.

50. Assim venceu Davi o filisteu, ferindo-o de morte com uma funda e uma pedra. E como não tinha espada na mão,

51. correu ao filisteu, subiu-lhe em cima, arrancou-lhe a espada da bainha e acabou de matá-lo, cortando-lhe a cabeça. Vendo morto o seu campeão, os filisteus fugiram.

52. Os homens de Israel e de Judá levantaram-se então, soltando gritos de guerra, e perseguiram os inimigos até a entrada de Get e até as portas de Acaron. Os cadáveres dos filisteus juncavam o caminho desde Saraim até Get e até Acaron. (...)

54. Davi tomou a cabeça do filisteu e mandou levá-la para Jerusalém. Conservou, porém, em sua própria tenda a armadura de Golias. (I Samuel, cap. 17)


“Os 12 dias de Natal”: canção-catecismo dos católicos perseguidos

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São Gabriel, Rodez, França
São Gabriel, Rodez, França

Há uma bela canção de Natal inglesa intitulada Twelve Days of Christmas (Os 12 dias do Natal), pouco conhecida entre nós.

Ela surgiu durante a época da perseguição anglicana contra os católicos naquele país, no século XVI.

Com a pseudo-reforma protestante, países como a Inglaterra, ao abandonarem o regaço da Santa Igreja e caírem na heresia, começaram a perseguir os católicos, tornando quase impossível a prática da verdadeira Religião.

Para comunicar aos fiéis a sã doutrina e poderem celebrar sem medo de represálias o Natal do Salvador, segundo a tradição da Santa Igreja, católicos ingleses compuseram tal música, que é um catecismo secreto, porquanto expressa em símbolos a realidade de nossa fé.

Ela foi também utilizada muitas vezes pelos católicos durante as perseguições anticristãs e anti-monárquicas da Revolução Francesa.

Decifre seu significado antes de ler o que ela quer dizer:

Video: “Os 12 dias de Natal”




Ei-la:

“No primeiro dia de Natal o meu verdadeiro amor deu-me: uma perdiz numa pereira.

No segundo dia de Natal o meu verdadeiro amor deu-me: 2 pombas-rolas e uma perdiz numa pereira.

No terceiro dia de Natal o meu verdadeiro amor deu-me: 3 galinhas francesas, 2 pombas-rolas e uma perdiz numa pereira”. (Dia após dia, ela vai narrando, em ordem decrescente, o que o “meu amor deu-me”).

Anjos da Borgonha, França
Anjos da Borgonha, França
“No quarto dia de Natal o meu verdadeiro amor deu-me: 4 pássaros cantando...

No quinto dia de Natal o meu verdadeiro amor deu-me: 5 anéis dourados...

No sexto dia de Natal o meu verdadeiro amor deu-me: 6 gansos chocando...

No sétimo dia de Natal o meu verdadeiro amor deu-me: 7 cisnes nadando...

No oitavo dia de Natal o meu verdadeiro amor deu-me: 8 servas ordenhando...



O canto da “Ave Maria” é um sublime exemplo.

No nono dia de Natal o meu verdadeiro amor deu-me: 9 senhoras dançando...

No décimo dia de Natal o meu verdadeiro amor deu-me: 10 lordes saltando...

No décimo primeiro dia de Natal o meu verdadeiro amor deu-me: 11 flautistas tocando...”

E termina dizendo:

“No décimo segundo dia de Natal o meu verdadeiro amor deu-me: 12 tocadores de tambor, 11 flautistas tocando, 10 lordes saltando, 9 senhoras dançando, 8 servas ordenhando, 7 cisnes nadando, 6 gansos chocando, 5 anéis dourados, 4 pássaros cantando, 3 galinhas francesas, 2 pombas-rolas e uma perdiz numa pereira...”


Qual o significado da letra dessa música?

1º dia: O meu verdadeiro amor é Deus Pai. E a perdiz na pereira simboliza Nosso Senhor Jesus Cristo. A perdiz é um animal corajoso, capaz de lutar até a morte para defender seus filhotes. E a pereira representa a Cruz.

O anjo traz a estrela de Belém. Presépio Convento Carboneras. Madri, Espanha
O anjo traz a estrela de Belém. Presépio Convento Carboneras. Madri, Espanha
2º dia: Duas pombas-rolas representam o Antigo e o Novo Testamento. Durante séculos, judeus ofereciam pombas a Deus. As duas pombas lembram o sacrifício de Nossa Senhora e São José oferecido por Nosso Senhor.

3º dia: Três galinhas francesas representam as três virtudes teologais: fé, esperança e caridade. Essas galinhas eram muito caras durante o século XVI e só os ricos tinham condições de comprá-las. Simbolizavam os três presentes ofertados pelos Reis Magos a Nosso Senhor: ouro, o mais precioso dos metais; incenso, usado nas cerimônias religiosas solenes; e a mirra, uma especiaria sem igual.

4º dia: Quatro pássaros cantando representam os quatro Evangelhos. Neles estão contidos a vida de Nosso Senhor e seus ensinamentos. Como pássaros cantando de modo claro e em alta voz, os quatro Evangelistas espalham por todo o mundo a Boa-Nova da Vida, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.

5º dia: Cinco anéis dourados representam os cinco primeiros livros do Antigo Testamento ou o Pentateuco (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio), que lembravam aos católicos suas raízes. Os judeus consideravam esses livros mais valiosos que o ouro. E depois que a devoção do Rosário tornou-se mais conhecida, lembravam as cinco dezenas do Rosário da Bem-aventurada Virgem Maria.

6º dia: Seis gansos chocando representam os seis dias que Deus empregou na criação da Terra, do Universo e das criaturas. Os seis gansos chocando ovos recordam como a Palavra deu vida à Terra.

7º dia: Sete cisnes nadando representam os sete sacramentos e também os sete dons do Espírito Santo. Com os sacramentos e os dons, os fiéis poderiam sustentar-se através dos tempos de perseguição. Como os filhotes de cisnes transformam-se de patinhos feios em belos cisnes, assim a graça de Deus nos transforma de simples criaturas em filhos de Deus.

8º dia: Oito servas ordenhando representam as oito bem-aventuranças pregadas por Nosso Senhor no Sermão da Montanha. As bem-aventuranças, como o leite, alimentam e nutrem o católico.

Presépio do Convento Carboneras, Madri
Presépio do Convento Carboneras, Madri
9º dia: Nove senhoras dançando são os nove frutos do Espírito Santo (Gal. 5, 22-23): caridade, alegria, paz, paciência, afabilidade, bondade, fidelidade, brandura e temperança.

Da mesma forma como as senhoras que dançam alegres, os cristãos podem alegrar-se com a vida transformada pelos frutos do Espírito Santo.

10º dia: Dez Lordes pulando simbolizam os 10 Mandamentos da Lei de Deus. Os Lordes eram homens com autoridade para governar e disciplinar o povo.

11º dia: Onze flautistas tocando representam os 11 Apóstolos que permaneceram fiéis a Nosso Senhor, após a infame traição de Judas. Como crianças que seguem alegremente o flautista, esses discípulos acompanharam a Jesus. Eles também chamaram outros a segui-Lo. E tocaram uma canção eterna: a mensagem de salvação e da ressurreição após a morte.

12º dia: Doze tocadores de tambor representam os doze artigos do Credo. Assim como eles tocam sonoramente para que os outros acompanhem o ritmo da música, o Credo revela a fé daqueles que são chamados cristãos.

Muitas pessoas não imaginam quais são esses 12 Dias de Natal. Trata-se dos dias entre o Natal e a Festa da Epifania, a qual é tradicionalmente celebrada no dia 6 de janeiro.



Feliz Natal e bom Ano Novo!

Mensagem do webmaster: 2014?

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2013 sem dúvida passará para a História.

Só pensar que apenas iniciado o ano, nos céus de Roma, emoldurados pelos símbolos sagrados do Papado, um helicóptero fazia o voo de despedida de Bento XVI!

A renúncia, segundo o decano dos cardeais Ângelo Sodano, caiu “como um raio em céu sereno”. E na mesma noite, um raio atingiu a cúpula da Basílica de São Pedro.

Poucos dias antes, um temporal de violência inusitada danificou o Santuário de Fátima, no 75º aniversário da aurora boreal anunciada por Nossa Senhora: “quando virdes uma noite alumiada por uma luz desconhecida sabei que é o grande sinal, por meio da guerra, da fome e de perseguições à Igreja e ao Santo Padre”.

Logo depois um meteoro explodiu no céu da Rússia com a potência de 20 bombas atômicas. Outra bola de fogo cruzou o céu da costa oeste dos EUA, mais uma apavorou o centro da Espanha e, por fim, em nove estados da Argentina outro meteoro comparável ao russo fez a noite virar dia, a terra tremer, e o povo achar que era “um sinal divino”.

Esses fatos incomuns devem ser vistos à luz da Fé que nos leva a mantermos inalterada nossa Esperança e nossa Caridade.

O fato é que 2013 se encerrou com os homens quase não se entendendo mais. O que nos trará 2014?

Algo, entretanto, pareceu se mover numa esfera que não é a dos humanos. Sopros fétidos vindos do reino das trevas promoveram incontáveis e atrozes blasfêmias durante 2013.

Mas, brisas subtis de espíritos angélicos reanimaram e remoçaram as fileiras dos fiéis católicos.

É de se supor que essas ventanias angélicas e infernais cresçam no ano que começa.

A promessa imutável é de que as portas do inferno jamais prevalecerão sobre a Igreja. Mais cedo ou mais tarde, veremos seu triunfo glorioso como prometido por Nossa Senhora em Fátima.

É nesse sentido que vão todas nossas orações e trabalhos no ano de 2014 que inicia.


Ciência pasma em Israel: fiel católica é objeto de milagre

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Teresa Daoud

 A cura do câncer, com fortes sinais de milagre, de Teresa Daoud – devota católica de nacionalidade israelense – abalou Israel, escreveu The Blaze.

Ela contou o caso todo ao Canal 2 de Israel, que também entrevistou seus médicos e analisou o caso clínico.

Teresa sofria de um câncer maligno na perna, o qual se desenvolvia rapidamente. Os médicos decidiram então amputar-lhe a perna.

A cirurgia foi adiada três vezes por razoes burocráticas. Ela interpretou os adiamentos como um sinal de que devia confiar mais na oração do que na intervenção médica.

O Dr. Jacob Bickels, chefe do Departamento de Oncologia Ortopédica do Hospital Ichilov, em Tel Aviv, disse: “Era claro para mim que ela ia morrer em pouco tempo. Ela é uma mulher instruída, inteligente, lúcida, e quando uma pessoa assim toma uma decisão sabendo bem das consequências, nós a respeitamos”.

Teresa Daoud rezando na igreja
Teresa ia rezar na igreja católica de sua cidade. É uma igrejinha singela, precedida por uma grande escadaria, que agora ela pode subir com naturalidade. Dentro há apenas um grande cruzeiro, a imagem de Nossa Senhora de Fátima, um quadro de São Charbel Macklouf e um humilde presépio.

Miraculosamente, segundo a mídia israelense, quando ela estava no quinto mês da doença, as chapas evidenciaram que o câncer havia desaparecido completamente.

“Se alguém tivesse me contado esta história, eu teria dito que os dois, a doente e o doutor, estavam mal da cabeça. É impossível”, declarou o Dr. Jacob ao Channel 2 de Israel.

Professor em alta tecnologia médica, o Dr. Jacob mostrou com chapas como o câncer, que se espalhava de modo violento, tinha desaparecido pura e simplesmente sem nenhum tratamento.

“Eu sentia dores em meu pé e em meu tornozelo, mas de início tentei ignorar”, explicou Teresa. Os médicos mandaram fazer radiografias e acharam um câncer do tamanho de uma laranja.

A biópsia revelou tratar-se de um tumor maligno que crescia velozmente.

Video: Israel pasmo: israelense católica é objeto de um milagre



A emissão do Canal 2 de Israel é em língua árabe.
Legendas em hebraico.
O post sintetiza as frases principais

“Para mim foi um choque”, disse Teresa à TV, “mas eu comecei a pensar na minha vida sem a perna”.

Após consultas com especialistas em oncologia de Israel e dos EUA, a resposta clínica era unânime: amputar.

Teresa voltou ao seu lar em Ussfiya, uma aldeia árabe perto de Haifa, e rezou intensamente por sua cura.

Três meses depois, ela voltou ao Hospital Ichilov para mais uma consulta com o Dr. Jacob Bickels.

As novas radiografias confirmaram que o câncer tinha desaparecido. “Eu tive um choque quando eu vi o resultado, não podia acreditar. Eu perguntei ao doutor se não era uma confusão” – disse ela.

Antes e depois
“Eu perguntei a ela o que tinha acontecido. Ela sorriu largamente e disse: ‘eu rezei’. Eu lhe ordenei tirar novas radiografias e o tumor havia se reduzido de modo impressionante” – contou o Dr. Jacob.

“Eu jamais tinha visto ou ouvido algo como isto. Eu sei que um câncer desse tipo não retrocede”, explicou o médico.

Para ter certeza plena, Teresa foi objeto de mais uma biópsia, que foi realizada pelo próprio chefe do Departamento de Oncologia Ortopédica.

“Este fenômeno não é possível e não há literatura clínica alguma nesse sentido”, concluiu o especialista.

“Cada vez que rezo, eu sinto paz e segurança. Eu tinha medo, mas estava em paz”, explicou Teresa.

“O efeito das coisas que acontecem na alma humana sobre as coisas que acontecem em seu corpo é uma área onde nós não entendemos praticamente nada”, acrescentou o Dr. Jacob Bickels. “Na minha opinião, isto é o que explica o caso de Teresa”.

“Eu sou um homem prático. Eu sou um cirurgião de câncer. Eu não procuro soluções nos céus, mas a única coisa que nós fizemos por Teresa foi demorar. Ela de fato não foi tratada” – concluiu.

“É um presente de Deus”, concluiu Teresa, por sua vez, para a televisão israelense.

Descobertas capelas dos católicos japoneses perseguidos durante séculos

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Gruta perto de Nagasaki, sobre o mar.  Os católicos reunidos foram pegos e martirizados
Gruta perto de Nagasaki, sobre o mar.
Os católicos reunidos foram pegos e martirizados

Na região japonesa de Taketa, muito considerada pela sua beleza natural, foram descobertas oito capelas católicas escavadas na pedra durante a perseguição desencadeada pelo Shogun, governador militar do império, informou a agência Zenit.

Situada no centro da prefeitura de Oita Kyushu, Taketa também é conhecida como a pequena Kyoto e está rodeada por montanhas e pelo rio Ono.

Lá estão as águas termais mais conhecidas do império do sol nascente.

Mas a região é também onde a graça do batismo foi vertida com maior abundância. Quando os missionários chegaram à localidade, ela se converteu e foi um dos centros com maior presença católica do Japão.

Um nobre samurai, batizado por São Francisco Xavier em Oita, foi para Taketa. Ali, muitos grandes proprietários de terra foram conquistados pelo exemplo do nobre guerreiro e foram professando a Fé católica.

O primeiro grupo contava 200 fiéis, mas não demorou para que em Taketa que tinha uma população de 40.000 habitantes, mais de 30.000 adotassem o catolicismo.

Capela escavada na pedra em Taketa
Capela escavada na pedra em Taketa
A grande cidade vizinha, Nagasaki, também passou a ser maioritariamente católica.

Tudo mudou com a perseguição religiosa pagã, instigada secretamente pelos protestantes holandeses que também tinham chegado ao país.

Temendo a morte, inúmeros apostataram, mas muitos outros – calcula-se que a metade – passaram a praticar o catolicismo na clandestinidade, inclusive desprovidos de sacerdotes que pudessem lhes administrar os Sacramentos ou celebrar a Missa.

Os católicos perseguidos construíram esconderijos nas florestas que rodeiam a cidade a fim de praticar suas devoções, ensinar o catecismo e professar sua fé.

Não podendo ter igrejas, eles escavaram as pedras dos morros, abrindo pequenos locais de culto para se reunirem e rezar.

Localizadas por Goto Atsusi, cujos antepassados foram “católicos ocultos”, oito dessas comovedoras capelas esculpidas na rocha podem agora ser visitadas.

Acredita-se que exista pelo menos uma centena delas nas rochas vulcânicas de Taketa. Estas rochas são muito resistentes e após quatro séculos podem ser visitadas.

Atual castelo de Shimabara que alberga o Museu
Atual castelo de Shimabara que alberga o Museu
Nessas capelas “catacumbais” católicos japoneses cheios de fé perseveraram durante séculos, aguardando a vinda de missionários genuinamente católicos.

A descoberta

Há três anos, o secretário para a herança cultural de Taketa leu uma referência a essas capelas num escrito novelesco .

Samurai com terço no pescoço
Samurai com terço no pescoço
Porém, ele intuiu que havia verdade no relato e saiu à procura das capelas dos “católicos escondidos”. E achou oito delas.

O sacerdote jesuíta Cristian Martini Grimaldi foi até Taketa a ver os achados.

Ele havia décadas era missionário no Japão e foi recebido pelo prefeito Katsuji Syuto.

O prefeito levou-o até uma casa onde se praticava o catolicismo “catacumbal”.

O missionário descreveu sua viagem no “L’Osservatore Romano” (9/1/2014).

A descoberta trouxe à tona os trabalhos arqueológicos que pesquisam a resistência católica de Shimabara.

Entre 1637 e 1638, os católicos perseguidos se concentraram na fortaleza de Hara, sendo sitiados por poderosos exércitos pagãos.

Livros descrevem que, em momentos de desespero, os camponeses se apoiavam na fé, levantando cruzes e bandeiras brancas.
Cruz de bronze desenterrada em Shimabara
Cruz de bronze desenterrada em Shimabara


Para adquirir coragem, rezavam e gritavam os nomes de Jesus Cristo e da Virgem Maria.

De início, nem todos os que se reuniram na fortaleza eram católicos. Porém, no calor da luta muitos pagãos foram pedindo o batismo.

Uma escavação arqueológica na fortaleza foi iniciada em 1992 com o patrocínio da prefeitura de Nagasaki.

Nos trabalhos estão sendo exumadas imagens de bronze de Jesus, de Maria e de São Francisco Xavier, além de cruzes e rosários.

Espada de samurai com a Cruz gravada
Espada de samurai com a Cruz gravada
Muitos desses objetos de piedade, assim como armas, estão expostos num museu especial dentro do atual castelo de Shimabara.

Podem-se ver espadas de samurai (cavaleiros e guerreiros nobres) com a Cruz gravada nelas, vasos com cruzes, etc.

Também foram recuperadas peculiares imagens católicas. Elas num primeiro relance parecem ídolos pagãos, porém bem observadas são imagens católicas assim feitas para distrair os perseguidores.

continua no próximo post

Arqueologos revelam história heroica dos católicos japoneses perseguidos durante séculos – 2

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Mapa do sitio do castelo de Hara, pintura japonesa. Anônimo siglo XVII
Mapa do sitio do castelo de Hara, pintura japonesa. Anônimo siglo XVII
continuação do post anterior

A resistência de Shimabara

A resistência de Shimabara teve episódios épicos em que sucessivos exércitos pagões foram derrotados com imensas perdas, sendo que os católicos sofreram muito pouco.

Impotentes, os pagãos pediram auxilio aos holandeses protestantes que primeiro forneceram pólvora e canhões.

O chefe holandês Nicolaes Couckebacker se engajou pessoalmente na batalha.

Bala de canhão holandês protestante
Bala de canhão holandês protestante
Ele montou os canhões num barco de guerra e na costa.

Estas armas dispararam cerca de 426 projéteis em 15 dias, sem grande resultado, e dois vigias holandeses foram baleados pelos católicos resitentes.

Parte das mais de 400 balas desenterradas pelos arqueólogos podem ser vistas também no Museu de Shimabara.

Os mesmos peritos encontraram 16 cruzes de metal no castelo, provavelmente feitas a partir da fundição dos projéteis.


Afinal os holandeses se retiraram e receberam uma mensagem dos católicos resistentes:

“Não existem soldados mais corajosos no reino para combater conosco, e não estão envergonhados de terem chamado ajuda de estrangeiros contra o nosso pequeno contingente?” (Doeff, Hendrik (2003). Recollections of Japan. Translated and Annotated by Annick M. Doeff. (Victoria, B.C.: Trafford).

Por fim, o Shogun (chefe militar do império) concentrou um exército de 125.000 homens que arrendeu a fortaleza pela fome e falta de munição. 37 000 católicos e simpatizantes foram presos e martirizados logo a seguir. A perseguição se estendeu a todo o império.

Cruz feita com o bronze das balas holandesas
Cruz feita com o bronze das balas holandesas
Em Nagasaki, padres eram mortos em público e queimados vivos. Aproximadamente 80% dos cristãos da cidade foram executados e os outros foram presos ou escravizados.

Prêmios em dinheiro eram oferecidos aos que denunciassem os religiosos clandestinos.

Os portugueses foram expulsos do Japão, e os protestantes foram premiados. Cfr. Os últimos samurais cristãos.

Até hoje, em datas festivas, as perseguições aos cristãos são lembradas. Na semana do Festival Okunchi, celebrado entre os dias 7 e 9 de outubro em Nagasaki, os moradores da cidade abrem a porta de suas casas e exibem seus pertences no jardim.

Trata-se de um costume do século XVII, quando eles eram obrigados a mostrar tudo o que possuíam para provar que não eram católicos.

“Vosso coração é semelhante ao nosso”

Nossa Senhora com a Cruz no peito e dois anjos
Nossa Senhora com a Cruz no peito e dois anjos
São Francisco Xavier S.J. aportou no Japão em 1549, iniciando a pregação da religião católica. Sua obra foi continuada com grande sucesso por muitos outros missionários.

Sessenta anos depois, o Shogun, chefe militar do país, desencadeou uma perseguição contra a jovem Igreja, rivalizando em furor e crueldade com a do imperador Diocleciano no tempo das catacumbas romanas.

As histórias dos mártires japoneses evocam as dos santos dos primeiros séculos no Império Romano.

Muitos, inclusive mulheres e crianças, foram assassinados com inaudita crueldade.

Porém, os que sobreviveram na clandestinidade mantiveram a fé e a transmitiram a seus filhos durante dois séculos.

Na Sexta Feira santa de 1865, dez mil “kakure kirisitan”, ou cristãos ocultos, saíram dos povoados e apresentaram-se em Nagasaki aos missionários.

Estes ficaram de início muito surpresos, pois havia pouco que tinham conseguido ingressar novamente no Japão e mal suspeitavam essa épica história de fidelidade.

Vendo chegar missionários do Ocidente, alguns desses “católicos ocultos” foram à missão e os interrogaram perguntando se eles acreditavam eles no Papa, na Sagrada Eucaristia e em Nossa Senhora.

Ouvindo a resposta positiva, responderam: “Então vosso coração é semelhante ao nosso”.

Mártires de Nagasaki, quadro em Cusco, Peru
Mártires de Nagasaki, quadro em Cusco, Peru.
Esses católicos obedeciam ao conselho dos últimos missionários: só confiarem nos missionários que professassem essas três verdades- chaves da verdadeira religião.

Nagasaki voltou a ser a cidade com mais forte presença católica no Japão. Nas vésperas da Segunda Guerra Mundial, dois de cada três católicos japoneses viviam nela.

Em 1945, esses católicos sofreram um novo e terrível extermínio pela bomba atômica que foi jogada na cidade.

O exemplo dos “católicos ocultos” japoneses é especialmente estimulante, sobretudo quando se pensa na enxurrada de progressismo e de teologias subversivas que tentam extinguir a fé dos católicos autênticos.

Exemplo do tesouro documental achado no Vaticano
O achado no Vaticano

Uma outra descoberta relativa à gesta dos “católicos ocultos” aconteceu no Vaticano em 2011.

Trata-se de uma coleção de por volta de 10.000 documentos oficiais, escritos na sua maioria, da época da perseguição religiosa ou período “Edo” (1603-1867).

Eles foram coletados pelo missionário italiano Pe. Mario Marega († 1978) que viveu longos anos no Japão e reuniu pacientemente esse formidável acervo documentário.

O Professor Kazuo Otomo do Instituto Nacional de Literatura Japonesa está agora restaurando e analisando esse tesouro histórico.

Monumento a Dom Justo Takayama Ukon.  Este poderoso senhor feudal (daimo) é lembrado como grande promotor e protetor  do catolicismo. Considerada sua alta posição na nobreza e no governo do Império,  foi exilado junto com centenas de católicos que protegia.  Morreu 40 dias após chegar em Manila, Filipinas.  Está em andamento seu processo de canonização.  Foto de monumento na Praça Dilao, em Manila
Monumento a Dom Justo Takayama Ukon.
Este poderoso senhor feudal (daimo) é lembrado como grande promotor e protetor
do catolicismo. Considerada sua alta posição na nobreza e no governo do Império,
foi exilado junto com centenas de católicos que protegia.
Morreu 40 dias após chegar em Manila, Filipinas.
Está em andamento seu processo de beatificação.
Foto de monumento na Praça Dilao, em Manila
Os documentos são em sua maioria relatórios do controle da religião dos habitantes das regiões católicas.

“Este volume inusualmente grande de relatórios oficiais mostra devassas policiais e privações da liberdade religiosa”, diz o Prof. Otomo.

Os escritos permitirão estudar com minúcia essa perseguição, acrescentou.

Malgrado a brutalidade das leis, o catolicismo sobreviveu especialmente em certas partes da ilha de Kyushu, a terceira maior ilha do arquipélago japonês, ou em ilhas mais remotas, onde ainda há continuadores católicos da pregação de São Francisco Xavier.

O Pe. Marega coletou esses documentos quando morava na ilha de Kyushu antes e depois da II Guerra Mundial. No material também há relatórios oficiais da prefeitura de Oita, onde estão as grutas de que falamos no início destes posts.

Os escritos mostram uma rotina de espionagem da adesão religiosa dos cidadãos residentes, registros de conversões religiosas, policiamento da vida dos parentes de cristãos ou ex-cristãos, e os métodos dos agentes do governo para obrigar os católicos a acalcarem imagem de Jesus e Maria para provarem que não eram católicos.

“Este é o tipo de achado que faz a gente cair de joelhos” disse Rumiko Kataoka, especialista em Histórica Cristã Japonesa na Universidade Católica Junshin de Nagasaki.

“Detalhados documentos oficiais jogam luz sobre a maneira que os católicos mantinham sua fé”, na região, acrescentou ela.

O samurai Hasekura Tsunenaga, chefe da primeira missão diplomática japonesa na Europa.  Seu galeão era o 'São João Batista'. O embaixador foi batizado na capela pessoal  do rei da Espanha em Madri, em 1615. Morreu exortando todos à fidelidade ao catolicismo.  Seus descendentes e servos foram martirizados.
O samurai Hasekura Tsunenaga, chefe da primeira missão diplomática japonesa na Europa.
Seu galeão era o 'São João Batista'. O embaixador foi batizado na capela pessoal
do rei da Espanha em Madri, em 1615. Morreu exortando todos à fidelidade ao catolicismo.
Seus descendentes e servos foram martirizados.
Historiadores de Oita cooperarão com o projeto Marega cruzando as informações com as que eles coletaram no local, disse Akihiro Sato, chefe do Arquivo Histórico dos Sábios Antigos da Prefeitura de Oita.

Otomo disse que três dos 21 pacotes de documentos já foram abertos e estão a disposição dos pesquisadores que poderão pesquisar também nos outros pacotes.

“Este é um estudo que mostra o relacionamento entre um estado [pagão] e uma religião [a católica]. Há muitas questões hodiernas que estão envolvidas nisso, para serem estudadas”, acrescentou o Prof. Otomo.

A equipe do Prof. Otomo planeja publicar online todo o material.

O embaixador Hasekura Tsunenaga se ajoelha diante do Papa. Pintura japonesa anônima, século XVII
O embaixador Hasekura Tsunenaga se ajoelha diante do Papa. Pintura japonesa anônima, século XVII

Reconhecidos os ossos do “Pai da Europa”: Carlos Magno

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Carlos Magno: busto relicário em Aachen, Alemanha
Cientistas alemães anunciaram que, após quase 26 anos de pesquisa, os ossos contidos há séculos em preciosas urnas e relicários da catedral de Aachen, podem ser tidos com grande certeza como os próprios de Carlos Magno, informou The Local, jornal com noticias em inglês editado na Alemanha.

Os estudos científicos e suas conclusões foram apresentados no dia 28 de janeiro de 2014, 1.200º aniversário da morte do grande imperador.

Os cientistas contabilizaram 94 ossos e fragmentos nos relicários do Rei dos Francos, coroado Imperador do Sacro Império Romano Alemão pelo Papa São Leão III.

Carlos Magno tem direito a culto como bem-aventurado em numerosas dioceses da França, Alemanha e Bélgica, com Missa especial e orações próprias.

Imagens do Beato Carlos Magno são cultuadas em igrejas e catedrais dessas dioceses.

O busto relicário contém parte da calota craniana de Carlos Magno
Em 1988, a equipe abriu o sarcófago principal exposto ao culto na Catedral de Aachen.

Porém, os cientistas agiram em segredo, pois se trata de um personagem altamente polêmico, com furiosos inimigos anticristãos. Os resultados do estudo só agora se tornaram públicos.

O professor Frank Rühli, chefe do Centro de Medicina Evolutiva da Universidade de Zurique, Suíça, um dos cientistas responsáveis pelo trabalho, declarou:

“Em virtude dos resultados obtidos desde 1988 até o presente, podemos dizer com grande probabilidade que se trata do esqueleto de Carlos Magno”.

Estudando as dimensões dos restos, os cientistas puderam construir a imagem do homem enterrado em Aachen. Essa imagem bate de modo impressionante com as descrições dos cronistas que conheceram o imperador no fim de sua longa vida.

O prof. Frank Rühli, chefe do Centro de Medicina Evolutiva da Universidade de Zurich,
e colegas analisam a tíbia esquerda de Carlos Magno
Segundo os especialistas, os ossos pertencem a um homem alto, magro e idoso.

Sua altura seria de 1,84 metros (seis pés), o que quer dizer que ele era inusualmente elevado para sua época.

A equipe calculou que pesava 78 quilos, dando a ele um corpo esbelto e um índice de massa corpórea por volta de 23.

Esta figura corresponde ao relato do biógrafo francês e contemporâneo do imperador, frei Eginhard (770-840).

O frade relata que Carlos Magno mancava no fim da vida e os cientistas encontraram nas rótulas dos dois joelhos e num calcanhar sinais de feridas que causariam essa manqueira.

Não foi possível verificar se o Imperador morreu de pneumonia, como alguns supunham, pois não foi identificado nenhum sinal nesse sentido.

As análises cientificas correspondem à descrição do imperador no fim de sua vida
A maior parte dos ossos estava no requintado féretro venerado na catedral imperial de Aachen (Aquisgrão em português e Aix-la-Chapelle em francês), na Alemanha.

Algumas partes da calota craniana se encontravam no famosíssimo busto-relicário, também conservado em Aachen.

Supõe-se que a ausência de alguns ossos se deve ao fato de que foram doados a outras catedrais e igrejas para receberem culto oficial católico.

O Beato Carlos Magno reinou como Rei dos Francos desde o ano 768 sobre territórios que hoje fazem parte da França, da Alemanha e da Itália.

Coroado imperador pelo Papa São Leão III no Natal do ano 800, ele estendeu o domínio imperial da Cruz até a Espanha, no oeste, e até as fronteiras da Alemanha no sul e no leste.

Sua obra civilizadora e ordenadora do caos medieval lhe valeu o reconhecimento universal de “Pai da Europa”. De fato, foi ele quem voltou a reunir o continente e organizar os povos após o desfazimento do Império Romano, relembrou o jornal britânico “The Mail online”.

Urna que contém a maioria das relíquias de Carlos Magno, na catedral de Aachen, Alemanha.

Todos os ossos foram estudados e catalogados,
e correspondem à mesma pessoa
A era de seu reinado fiou conhecida como Renascimento Carolíngio porque foi um período de atividade cultural e intelectual até então inigualado. Ele tirou a Europa do caos e promoveu a Igreja Católica até a alta dignidade que lhe é devida na ordem espiritual e restaurou sua influência proporcionada na ordem temporal.

As monarquias francesas e alemãs sempre se consideraram herdeiras do império de Carlos Magno.

E até a atual União Europeia, instituição democrática, confere como máxima distinção a comenda de Carlos Magno.

Embora não soubesse ler, falava correntemente o franco, o teutônico, o latim e o grego. Ele ordenou o ensino gratuito fundamental em todo o império.

Carlos Magno deixou imensa fama como guerreiro a serviço do cristianismo.

Empreendeu sua primeira campanha militar aos 27 anos, para auxiliar os Papas ameaçados pela tribo dos longobardos. Ele os derrotou e eles acabaram se convertendo à religião verdadeira.

Desde Aachen, que foi sua capital, ele empreendeu 53 campanhas militares destinadas à expansão da Fé e a manutenção da ordem do Sacro Império.

Carlos Magno defendeu a Europa cristã das invasões dos muçulmanos no sul do continente e dos saxões pagãos no leste, até falecer com 72 anos, uma idade excepcional na Idade Média.

A tarefa científica não foi fácil, pois o corpo do venerado imperador foi objeto de diversas mudanças de local, esclareceu “Discovery News”.

Ele foi enterrado numa cripta sentado em seu trono. No ano 1000 o imperador Otto III mandou abrir o local e, segundo as crônicas contemporâneas, ficou impressionadíssimo à vista de Carlos Magno entronizado, portando a coroa de ouro, segurando o cetro imperial com as mãos revestidas de luvas rituais.

“Ele não tinha perdido nenhum de seus membros, salvo uma parte do nariz. O imperador Otto substituiu a parte faltante com uma peça de ouro, levou consigo um dente de Carlos como relíquia e mandou lacrar a entrada da câmara”, segundo a Crônica de Novalesia, escrita por volta de 1026.

Trono de Carlos Magno, teria sido feito com pedras do palácio de Pilatos,
ou da igeja do Santo Sepulcro.
Em 1165, Frederico I Barbarossa reabriu a câmara, exibiu os restos como relíquias e mandou enterrar Carlos num sarcófago de mármore no chão de catedral.

Meio século depois, o imperador Frederico II depositou os restos numa urna de ouro e prata.

Em 1349, alguns ossos foram retirados pelo imperador Carlos IV para serem cultuados como relíquias. O imperador de tantas guerras não conheceu a paz nem no sepulcro.

Ele voltou a ser desenterrado em 1861 com objetivos de pesquisa científica. E o mesmo aconteceu agora.

Análises com raios X e scanners especializados confirmaram que ele mereceu também o nome de Magno (Grande), pois media 1,84 metros (6 pés) de altura.

“Ele devia ser como uma torre que se destacava sobre o 98% das pessoas de seu tempo”, observou o professor Rühli.

Rühli e seu colega australiano Maciej Henneberg, professor Anatomia e Patologia da Universidade de Adelaide, constataram que ele deve ter sido esbelto. Nenhuma doença séria foi identificada em seus ossos.

Estão previstos também exames de DNA que, entretanto, não se espera venham a introduzir modificações relevantes no quadro já cuidadosamente elaborado durante mais de um quarto de século, segundo “Scientific American”.

Médica ateia confere 1.400 milagres e diz: “eles existem”

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A professora Jacalyn Duffin dando aula de História da Medicina
A professora Jacalyn Duffin dando aula de História da Medicina

A hematologista canadense Jacalyn Duffin estava observando no microscópio “uma célula letal de leucemia”.

Olhando para a data do exame, concluiu: “fiquei persuadida de que o paciente cujo sangue estava examinando tinha que ter morrido”.

Entretanto, o paciente estava bem vivo.

A hematologista não sabia: ela havia sido solicitada para participar na investigação de um milagre.

Ela escreveu sua incrível história pessoal. em artigo para a BBC

A doutora Duffin, 64, é também uma prestigiosa historiadora, tendo presidido a Associação Americana de História da Medicina e a Sociedade Canadense de História da Medicina. Além de ser catedrática dessa disciplina na Queen’s University de Kingston (Canadá).

O fato se deu em 1986 e foi seu primeiro contato com as canonizações da Igreja.

A amostra de medula fora tirada de uma jovem de 30 anos ainda viva. Estudava-se a veracidade do milagre no contexto do processo de canonização da primeira santa canadense, Maria Margarida d’Youville (1701-1771), fundadora das irmãs da Caridade, elevada à honra dos altares 14 anos depois.

O paradoxal do evento é que naqueles tempos em que os processos de canonização eram exigentes, a Igreja tendia a descartar o caso enquanto milagroso.

A História da Medicina é a sua especialidade
A História da Medicina é a sua especialidade
Existia a possibilidade de a cura ser atribuída à quimioterapia. Porém, “os especialistas em Roma aceitaram reconsiderar a decisão se uma testemunha ‘cega’ (sem saber do quê nem de quem se tratava) reexaminasse as amostras”, narrou a Dra. Jacalyn.

Ela lavrou um laudo sem saber para o quê. “Nunca tinha ouvido falar do processo de canonização e não podia saber que a decisão requeria tanta deliberação científica”, disse ela.

Pois a hematologista é ateia e não se interessava pela religião, nem pela do marido que é judeu.

Até que um dia ela foi convidada a testemunhar diante de um tribunal eclesiástico. Posteriormente, como seu laudo foi decisivo, convidaram-na para assistir à cerimonia na Praça de São Pedro.

“De início eu duvidei em ir, eu não queria ofender as religiosas, porque eu sou ateia e meu marido é judeu.

“Mas acabamos indo, vendo que elas estavam felizes de nos incluir na cerimônia.

“Tampouco podíamos renunciar ao privilegio de testemunhar o reconhecimento do primeiro santo de nosso país”.

Ela ganhou também um exemplar da Positio, documento decisivo de cada processo de canonização. E ali viu que estavam incluídos seus trabalhos e observações.

A ateia levou uma surpresa: “subitamente compreendi entusiasmada que meu trabalho médico estava nos arquivos vaticanos, e a historiadora que há em mim começou a querer saber de outros milagres incluídos em canonizações do passado”.

A Dra. Jacalyn analisou 1.400 milagres apresentados durante quatro séculos
A Dra. Jacalyn analisou 1.400 milagres apresentados durante quatro séculos
E foi assim que acabou estudando 1.400 milagres apresentados para a canonização de centenas de santos nos últimos quatro séculos.

Ela publicou um primeiro livro com suas conclusões: “Medical Miracles” [Milagres médicos].

Depois escreveu um segundo livro sobre dois santos mártires do século IV cuja devoção cresce notavelmente nos EUA e no Canadá:“Medical Saints. Cosmas and Damian in a Postmodern World” [Santos médicos: São Cosme e São Damião no mundo pós-moderno], publicado em 2013 pela Universidade de Oxford.

A Dra. Jacalyn ainda é ateia, mas escreveu: “os ateus honestos devem admitir que acontecem fatos cientificamente inexplicáveis” e “a hostilidade de certos jornalistas periodistas procede de seu próprio sistema de crenças: como para eles Deus não existe, logo não pode existir nada sobrenatural.

Um de seus livros: Ss Cosme e Damião, santos que foram médicos
“Mas, se os doentes atribuem sua cura a Deus pela mediação dos santos, por que é que deve prevalecer outro sistema de crenças (o incrédulo) sobre o dos doentes? “

Essa pretensão revela o abismo, socialmente admitido, entre acreditar na ciência e maravilhar-se diante do inexplicável”.

E acrescentou: “os milagres acontecem e com maior frequência do que acreditamos”.

O testemunho da Dra. Jacalyn, independente de suas convicções pessoais, é um tributo ao rigor da Igreja na hora de examinar as curas sobrenaturais.

Dos 1.400 milagres analisados, ela concluiu que “as doenças que acabam sendo curadas por milagres foram diferentes segundo a época, mas, em todas as ocasiões, tratava-se das que mais desafiavam a ciência médica”.



As relíquias na grande estátua da basílica de São Martinho de Tours

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Religiosas mostram o relicário achado na estátua de São Martinho de Tours
Religiosas mostram o relicário achado na estátua de São Martinho de Tours

Há mais de um século, os fiéis de Tours, na França, transmitem de geração em geração a certeza de que o braço erguido da estátua de São Martinho de Tours, apóstolo da nação gaulesa, continha ossos do santo.

São Martinho de Tours nasceu na Panônia (Hungria), por volta de 316 ou 317, e faleceu em Candes, França, em 397. É um dos maiores santos da Igreja e sua imagem equestre se encontra em inumeráveis templos católicos.

O santo aparece dividindo sua capa de oficial romano com um pobre miserável nu. Na noite seguinte Nosso Senhor Jesus Cristo lhe apareceu vestido com o pedaço de capa que o oficial havia doado.

O fato foi decisivo para a sua conversão e São Martinho acabou sendo bispo de Tours, atraindo para a Igreja uma quantidade prodigiosa de pagãos e fazendo incontáveis milagres.

Ele é chamado de “Pai das Gálias”, pois após sua conversão retirou-se a uma gruta. Mas ali não demorou muito, porque foi chamado a ser bispo da região central da província romana que depois foi batizada como França.

As relíquias estavam no braço que abençoa, confirmando o que todos acreditavam
As relíquias estavam no braço que abençoa, confirmando o que todos acreditavam
Em torno de sua pessoa se reuniram muitos convertidos ao catolicismo que imitavam sua vida exemplar.

Ele instituiu a primeira escola e transformou o local – que hoje é a cidade de Tours – no grande centro de irradiação do cristianismo na atual França.

Seu túmulo e a capa do milagre foram visitados pelo rei pagão Clóvis. Esse rei estava agoniado pela perspectiva da batalha de Tolbiac contra a temível horda também pagã dos alamanes (ano 496).

Sobre o túmulo do santo, Clóvis prometeu se converter ao “Deus de (Santa) Clotilde”, sua mulher católica, se obtinha a vitória.

Clóvis venceu miraculosamente e foi batizado junto com 3.000 de seus soldados no Natal do mesmo ano por São Remígio, em Reims. Foi o nascimento da França, a primeira nação cristã da Europa.

São Martinho de Tours foi de tal maneira cultuado, que o templo onde se venerava sua capa recebeu o nome de “capela”, palavra hoje largamente generalizada.

A família real francesa recebeu o nome de “Capeto” por ter recebido, há mais de um milênio, um pedaço dessa célebre relíquia, outorgada pelo capítulo de religiosos da cidade.

Essa doação pesou decisivamente no fato da família ser escolhida para reinar na França. Reinado esse que durou até Luis XVI, e com intermitências até a queda de Luiz Felipe em 1848.

O santuário ficou tão famoso, rico e importante, que para os bárbaros invasores saqueá-lo era o máximo objetivo no território francês.

Por isso mesmo, a cidade se encheu de muros e torres militares defensivas. De ali provém o nome da cidade “Tours” = Torres.

São Martinho de Tours divide sua capa com o pobre,
que resultaria ser Jesus Cristo. Museu de Cluny, Paris
São Martinho de Tours é padroeiro de cidades tão diversas como Buenos Aires, Mainz, Utrecht, Rivière-au-Renard e Lucca. Quatro mil igrejas lhe estão dedicadas no mundo.

Ele é também padroeiro dos curtidores, alfaiates, peleteiros, soldados, cavaleiros, restauradores (hotéis, pensões, restaurantes), produtores de vinho, e, obviamente, dos mendigos.

Seu santuário principal, onde se encontra seu túmulo fica na cidade de Tours, na região do Loire. No século XIX, um piedoso levantamento de fundos permitiu construir uma bela basílica inteiramente nova.

A primitiva basílica foi devastada pelos protestantes que também arrasaram muros e torres.

Posteriormente, em continuidade com o espírito protestante, a Revolução Francesa demoliu a basílica restaurada e fez passar uma rua por cima do túmulo do padroeiro nacional, a fim de garantir que ele fosse esquecido definitivamente.

No século XIX, Leão Papin-Dupont (1797-1876), aristocrata francês conhecido como “o santo homem de Tours”, promoveu na França cruzadas de reparação pelas blasfêmias.

Entre elas figura a construção da atual basílica que guarda o túmulo de São Martinho de Tours.

A tradição oral dos habitantes de Tours e dos devotos do grande santo sempre afirmou que no braço da grande estátua que abençoa a França do alto da cúpula da basílica havia guardadas relíquias de São Martinho.

O relicário com o selo episcopal que garante a autenticidade
O relicário com o selo episcopal que garante a autenticidade
Porém, as tendências decadentes e dessacralizantes dos tempos modernos se aprazem em contestar ou fingir ignorar tudo o que diga respeito ao sobrenatural, aos santos, seus milagres e veneráveis relíquias.

Essa tendência, presente em certo clero e fiéis modernizados, também dizia não saber nada do que todos sabiam sobre as relíquias do santo.

Agora a confusão acabou sendo dissipada ao se confirmar que a tradição oral tinha razão: os ossos estavam ali espargindo sua bênção sobre o mundo.

Na segunda-feira, 17 de fevereiro deste ano (2014), um impressionante dispositivo de guindastes foi instalado em volta da basílica para descer a grande estátua.

A obra visava restaurar seu pedestal, que precisava de manutenção e reparos.

Na ocasião, aconteceu o gaudioso achado: os ossos do primeiro bispo de Tours estavam ali.

Após a descida da estátua de bronze – de quatro metros de altura e de mais de duas toneladas de peso –, os funcionários da Prefeitura descobriram uma caixa de madeira no seu braço direito, o mesmo que abençoa.

Dentro dessa caixa havia ainda outra, feita de chumbo e fechada com um selo de cera vermelha e o sigilo de um bispo que autentificava a relíquia.

A imagem removida para restauração. O braço direito continha as relíquias
A imagem removida para restauração.
O braço direito continha as relíquias
Tendo sido aberto, encontrou-se um fragmento de osso. A multidão acompanhou os trabalhos que duraram algumas horas, e não ocultou sua emoção, segundo informou France Info.

A relíquia de São Martinho encontrava-se entre flores – obviamente já secas – e vinha acompanhada de mais três relicários com ossos de três outros bispos santos de Tours: São Gregório, São Brice e São Perpétuo, sucessores do Santo.

A autenticidade das relíquias foi confirmada por Jean-Luc Porhel, conservador-chefe do patrimônio histórico de Tours.

Após as obras de restauração da cúpula e do pedestal, a estátua de bronze com suas relíquias será reposta em seu lugar em 2016.

Nesse ano haverá um jubileu do grande Santo “Pai da Gália” e da França por ocasião dos 1.700 anos de seu nascimento.


Acompanhando Jesus pela Via Sacra de Jerusalém

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A Via Sacra‒ também conhecida como Via Crucis, Estações da Cruz ou Via Dolorosa ‒ é uma devoção que consiste numa peregrinação feita em oração e ajudada por uma série de quadros ou imagens que representam cenas da Paixão de Cristo.

A Via Sacra mais conhecida hoje é a rezada no Coliseu de Roma, na Sexta-Feira santa, com a participação do próprio Papa.

As imagens representando as cenas da Paixão podem ser de pedra, madeira ou metal, pinturas ou gravuras.

Elas estão dispostas a intervalos nas paredes ou nas colunas da igreja.

Mas, às vezes podem se encontrar ao ar livre, especialmente nas estradas que conduzem a uma igreja ou santuário.

Uma Via Sacra muito conhecida é a do santuário de Lourdes, França.

Nos mosteiros as imagens são muitas vezes colocadas nos claustros.

O exercício da Via Sacra consiste em que os fiéis percorram espiritualmente o percurso de Jesus carregando a Cruz desde o Pretório de Pilatos até o monte Calvário, meditando à Paixão de Cristo.


Dados históricos da devoção

A tradição afirma que a Virgem Santíssima costumava visitar diariamente os locais da Paixão de Cristo.

A Via Dolorosa de Jerusalém foi reverentemente sinalizada desde os primeiros tempos e foi uma meta dos piedosos peregrinos desde os dias do imperador Constantino.

São Jerônimo fala das multidões de peregrinos de todos os países que costumavam visitar os lugares santos e percorriam piedosamente a Via da Paixão de Cristo.

O desejo de reproduzir os lugares sagrados em outras terras, a fim de satisfazer a devoção daqueles que estavam impedidos de fazer a verdadeira peregrinação, apareceu muito cedo.

No século V, São Petrônio, bispo de Bolonha erigiu no mosteiro de São Estévão (Santo Stefano em italiano) um conjunto de capelas com as estações.

O mosteiro ficou familiarmente conhecido como “Hierusalem”.

Tal exercício, muito usual no tempo da Quaresma, teve forte expansão na época das Cruzadas (do século XI ao século XIII).

O romeiro inglês William Wey que visitou a Terra Santa em 1458, em 1462 descreveu a maneira usual para seguir as pegadas de Cristo em Sua jornada de dores redentores.


As 14 Estações

A Via Sacra se tornou uma das mais populares devoções católicas.

O exercício da Via Sacra tem sido muito recomendado pelos Sumos Pontífices, pois ocasiona frutuosa meditação da Paixão do Senhor Jesus.

O número de estações, passos ou etapas, da dolorosa procissão do Bom Jesus, nosso Redentor, foi definido paulatinamente chegando à forma atual, de quatorze estações, ou passos, no século XVI.

As 14 estações são as seguintes: (CLIQUE PARA VER)



1ª Estação: Jesus é condenado à morte


2ª Estação: Jesus carrega a cruz às costas


3ª Estação: Jesus cai pela primeira vez


4ª Estação: Jesus encontra a sua Mãe


5ª Estação: Simão Cirineu ajuda a Jesus


6ª Estação: A Verônica limpa o rosto de Jesus


7ª Estação: Jesus cai pela segunda vez


8ª Estação: Jesus encontra as mulheres de Jerusalém


9ª Estação: Terceira queda de Jesus


10ª Estação: Jesus é despojado de suas vestes


11ª Estação: Jesus é pregado na cruz


12ª Estação: Jesus morre na cruz


13ª Estação: Jesus morto nos braços de sua Mãe


14ª Estação: Jesus é enterrado


Em cada estação é feita uma meditação sobre o passo e o costume é rezar também um Pai Nosso, uma Ave Maria e um Glória ao Padre.

O percurso da Via Sacra não deve ter interrupções. Mas é permitido assistir a uma Missa, confessar e comungar em meio ao piedoso exercício.



A indulgência plenária

Não existe uma devoção mais ricamente dotada de indulgências do que a Via Sacra.

As indulgências estão ligadas à cruz posta sobre as imagens que devem ser canonicamente erigidas.

Condições para ganhar a indulgência

Concede-se indulgência plenária a quem pratique o exercício da Via Sacra. Para que este se possa realizar, requerem-se quatorze cruzes postas em série (com alguma imagem ou inscrição, se possível) e devidamente bentas. O cristão deve percorrer essas cruzes, meditando a Paixão e a Morte do Senhor (não é necessário que siga as cenas das quatorze clássicas estações; pode utilizar algum livro de meditação). Caso o exercício da Via Sacra se faça na igreja, com grande afluência de fiéis, de modo a impossibilitar a locomoção de todos, basta que o dirigente do sagrado exercício se locomova de estação a estação.

Quem não possa realizar a Via Sacra nas condições acima, lucra indulgência plenária lendo e meditando a Paixão do Senhor pelo espaço de meia-hora ao menos.

(cfr. d. Estevão Bettencourt, Catálogo das Indulgências)

Ver também: O que é uma Indulgência, e as condições para ganhar a Indulgência Plenária.


Falso papiro retoma ofensiva contra Jesus Cristo

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Papiro e teorias da professora Karen L. King não são aceitas por cientistas
Papiro e teorias da professora Karen L. King não são aceitas por cientistas

Realejo midiático: Jesus teria se casado com Maria Madalena

Certa imprensa aproveita a Semana Santa para veicular noticiário por vezes ofensivo e enviesado contra a Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Em 2014, talvez carente de argumentos científicos, o ritornelo anticristão voltou a agitar um antigo fragmento de papiro, desprestigiado nos meios acadêmicos. Nele está escrito que Nosso Senhor se casou com Maria Madalena, como na novela já muitas vezes refutada de Dan Brown, o “Código da Vinci”.

O pedaço de papiro antigo já foi apresentado em 2012 pela historiadora Karen King, da Harvard Divinity School, dos EUA, noticiou a G1.

O fragmento pode ser do século VI, do IX, ou até do II, segundo os testes de radiocarbono e uma análise da tinta por espectroscopia Micro-Raman, realizados nas universidades de Columbia, Harvard e no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).

A própria professora Karen reconhece que a antiguidade do fragmento não prova a suposição que ela fez sobre Jesus Cristo.

Karen também distingue que a data do documento – escrito séculos depois da morte de Jesus – significa que o autor não O conheceu pessoalmente.

Com pirueta verbal, arrisca a hipótese de que a diminuta fração seria parte de um “outro evangelho”. Mas confessa que a aparência bruta e os erros gramaticais do papiro sugerem que o escritor tinha apenas uma educação elementar.


Especialistas desqualificam achado

Para o professor de egiptologia Leo Depuydt, da Universidade Brown, autor de artigo publicado na “Harvard Theological Review”, o documento é uma grossa falsidade.

“O fragmento do papiro parece perfeito para um esquete do Monty Python [famoso grupo de comediantes britânicos]”, declarou o prof. Depuydt.

Depuydt apontou erros gramaticais e o fato de as palavras “minha esposa” parecerem ter sido enfatizadas em negrito, o que não é usado em outros textos antigos na língua copta.

Certa mídia explora a Semana Santa para veicular noticiário com viés contra Nosso Senhor Jesus Cristo
Certa mídia explora a Semana Santa para veicular noticiário
com viés contra Nosso Senhor Jesus Cristo
Para acúmulo de desmerecimento, a professora King disse que não podia dar a conhecer como é que um documento tão antigo chegou às suas mãos. Apenas disse que o dono mora nos Estados Unidos e pediu para não se identificar.

A análise da procedência do fajuto papiro é um passo básico para estudar documentos deste tipo.


Vaticano: “trôpega falsificação”

Por sua vez, já em 2012, o jornal vaticano “L'Osservatore Romano” havia desmentido a autenticidade desse papiro, informou então o G1.

O professor italiano Alberto Camplani, especialista em língua copta e professor de História do Cristianismo na Universidade La Sapienza de Roma, a maior da capital italiana, analisou o papiro recuperado pela professora Karen King e desfez cientificamente as fantasias.
O Prof. Camplani mostrou que a Profa. Karen apresenta o papiro como do século IV, mas que o texto poderia ter sido escrito no século II quando, segundo ela, “se debatia sobre se Jesus foi casado”.

O Prof. Camplani apontou em primeiro lugar como suspeita a origem do texto. Pois, “ao contrário de outros papiros, não foi descoberto em uma escavação, mas provém de um mercado de antiguidades”. Sem se conhecer a origem primeira de um objeto arqueológico, de início “é preciso adotar precauções”, disse ele.

A seguir, o especialista mostrou as imprecisões tendenciosas dos argumentos da Profa. Karen na hora de interpretar o escrito. Ela propõe vê-lo não como uma prova do estado conjugal de Jesus, mas como uma tentativa de fundar uma visão positiva do casamento cristão.

“Mas não é assim, trata-se de expressões totalmente metafóricas, que simbolizam a consubstancialidade espiritual entre Jesus e seus discípulos, que são amplamente divulgadas na literatura bíblica e na cristã primitiva”, explicou o Prof. Camplani.

O Vaticano possui a maior e mais consultada coleção de manuscritos antigos relativos à vida de Jesus, sejam eles autênticos, duvidosos ou falsos, e os disponibiliza para os estudiosos de outras religiões. Desta maneira, é a maior e mais inconteste autoridade na matéria.

Aparência bruta, erros gramaticais e anomalias na escrita apontam para uma 'trôpega falsificação'
Aparência bruta, erros gramaticais e anomalias na escrita apontam para uma 'trôpega falsificação'
O jornal vaticano sublinhou que, de todos os modos, trata-se de um documento “falso”.

Também ressaltou as condições em que a historiadora americana preparou o anúncio, visando ao sensacionalismo publicitário,“sem deixar nada ao acaso: imprensa americana avisada e entrevista coletiva prévia de King para preparar a exclusiva mundial, que, no entanto, foi posta em dúvida pelos especialistas”.

Segundo o jornal da Santa Sé, “razões consistentes” fazem pensar que o papiro seja uma “trôpega falsificação, como tantas que chegam do Oriente Médio”, e que as frases nada têm a ver com Jesus.


Revista especializada pede melhores provas e Karen passa “vergonha”

Os resultados da descoberta anunciada em 2012 pela Profa. King deveriam ser publicados na edição de janeiro de 2013 da revista científica “Harvard Theological Review”.

Mas esta decidiu adiar a publicação, pedindo análises laboratoriais independentes e mais detalhadas que comprovem a sua autenticidade, segundo o diretor de comunicação da Faculdade de Teologia de Harvard, Kit Dogson.

Na opinião de Hershel Shanks, da Sociedade de Arqueologia Bíblica, nessas condições, a retirada do documento da lista de publicações é “vergonhosa”.

Hershel Shanks é fundador e editor da conceituada “Biblical Archaeology Review” e escreveu vários livros sobre “Arqueologia Bíblica”, como Mistério e significado dos rolos do Mar Morto (The Mystery and Meaning of the Dead Sea Scrolls, Random House, 1998); O Monte do Templo de Jerusalém (Jerusalem’s Temple Mount , Continuum, 2007); Jerusalém: uma biografía arqueológica  (Jerusalem: An Archaeological Biography, Random House, 1995); e A cidade de David: uma guia para a Jerusalém bíblica (The City of David: A Guide to Biblical Jerusalem, Tel Aviv: Bazak, 1973).

Shanks se pergunta por que a conceituada revista agiu assim. Segundo ele, o pulo da professora para transformar essa velha e nunca demonstrada teoria numa afirmação “plausível” dá a entender que a base do que ela diz “é fragmentária demais para sustentar sua posição com certeza”.

Santa Maria Madalena, Espanha
Santa Maria Madalena, Espanha
Shanks destaca também o modo “hesitante” com que a Profa. King repete sua suposição. Além do mais, o papiro não fornece nada de novo, mas apenas repete velhas assertivas de uma literatura de fontes já qualificadas como apócrifas.

Nesse contexto, conclui o especialista, compreende-se que a “Harvard Theological Review” tenha solicitado novas análises, como se a professora fosse uma principiante, e não uma estudiosa veterana.

Isto é vergonhoso para um profissional de alta competência, observou Shanks, que recomenda como autoridade na matéria o Prof. Francis Watson, da Universidade de Durham, na Inglaterra.

O Prof. Watson considera que o papiro “pode ser uma fraude moderna”, porque o texto se assemelha demais a um ‘evangelho’ apócrifo conhecido como “Evangelho de Tomás”.

Outros especialistas sublinharam que essas confusões de textos são frequentes em outras composições de épocas antigas do cristianismo.


Museu das almas do Purgatório 2: os sinais do além deixados por almas que padecem para se purificar

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Continuação do post anterior
Prosseguimos com a transcrição da entrevista ao Pe. Domenico Santangini, pároco da igreja do Sagrado Coração do Sufrágio e curador do Museu das Almas do Purgatório:

Jornalista : Entendemos, portanto, qual é a diferença entre a invocação, portanto o espiritismo, dos defuntos, e a simples oração e a veneração. Mas voltemos ao Purgatório. Este local que pela sua natureza é uma realidade ultraterrena, deixou sua marca e é uma marca muitíssimo tangível. Olhemos.

– Pe. Domenico Santangini: Aqui, em 1895, não havia nada, apenas uma capela em volta; não havia nada.

Em 1897 houve um incêndio fortuito e, quando o incêndio foi apagado, uma imagem misteriosa ficou impressa na parede da capela.(foto ao lado)

Agora lhe faço ver exatamente o original. É a imagem de um homem que sofre, pelo que o Pe. Victor Jouët (N.T.: 1839-1912, missionário do Sagrado Coração, de Issoudun, França), capelão que cuidava desta igrejinha e devoto das almas do Purgatório, entendeu:

“Este é um sinal dessas almas que querem uma igreja dedicada às suas intenções”.




Então, quando a notícia se espalhou pela região, segundo as crônicas, houve um afluxo de gente durante oito dias, de milhares de pessoas para verem este fenômeno.

Então, o Pe. Jouët teve a ideia de construir neste local uma igreja dedicada ao Sagrado Coração do Sufrágio. Quer dizer, do sufrágio das almas do Purgatório.

Igreja do Sagrado Coração do Sufrágio, rosácea e órgão
Igreja do Sagrado Coração do Sufrágio, rosácea e órgão
E o Pe. Jouët era um engenheiro que se tornara padre. O que é que ele fez?

Fez a planta de uma igreja gótica, porque a área era reduzida. Encomendou trabalhos para poder erigir esta igreja. Mas não havia recursos.

Pediu ajuda ao Papa, e então o Papa Leão XIII aprovou e deu uma ajuda.

Mas ele próprio foi na França ver sua família em Marselha, que era uma família de posses, e ali recebeu também ajudas. E assim o prédio da igreja foi subindo.

Durante esta construção, que durou até 1912, como ele era devoto das almas do Purgatório, foi viajando pela Europa para buscar testemunhos que dissessem a verdade sobre o grande mistério do Purgatório.

Jornalista: Não somente esta imagem é custodiada como prova da existência do Purgatório. Há outras que constituem verdadeiras provas. Esta história é de tal maneira incrível que ficou decidido dar vida ao único Museu do Purgatório do mundo.

Pe. Domenico Santangini: Entramos no pequeno Museu do Purgatório. Mostrar-lhes-emos todos os testemunhos reunidos pelo Pe. Jouët, o fundador desta igreja e deste museu.

Esta é a foto reproduzindo a imagem misteriosa da capela, que foi ampliada, e mostra o olhar de um homem complicado com o pecado.

Avental de Sóror Margarida Maria Herendorps,  beneditina de Winnenberg, Alemanha.
Avental de Sóror Margarida Maria Herendorps,
beneditina de Winnenberg, Alemanha.
Esta imagem é posterior ao incêndio de 1897. Ela dá uma clara impressão e faz entender o que é uma alma em pena, uma alma que sofre o afastamento de Deus.

Estamos diante do 4º testemunho, que nos faz ver um fac-símile fotográfico de uma marca de fogo deixada no avental de Sóror Margarida Maria Herendorps, religiosa do mosteiro beneditino de Winnenberg, na Alemanha.

Aqui temos a mão da Irmã [N.T.: Clara Schoelers], que morreu de peste em 1637.

Embaixo temos a marca deixada pela mesma freira sobre uma faixa de pano azul.

Depois passamos para a foto número 5 (na foto: 7d).

É uma fotografia da marca deixada pela defunta senhora Leleux, que nos fala disto: o filho teve a visão da mãe, falecida 27 anos antes.

Marca deixada pela defunta senhora Leleux na camisa do filho
Marca deixada pela defunta senhora Leleux na camisa do filho
E este homem ficou atormentado por muitas dúvidas a ponto de ficar doente.

E a mãe lhe apareceu e lembrou a este jovem a obrigação de ir a Missa aos domingos e de trabalhar um pouco pela igreja.

Como prova disso, pôs-lhe a mão sobre a camisa, deixando esta marca visibilíssima e pediu-lhe para voltar a ser um bom cristão.

A imagem nº 8 (embaixo) nos apresenta a marca deixada sobre um livro que pertenceu a Margarida Demmerlé, da paróquia de Ellinghen.

A defunta aparecia com as vestimentas da região. Descia pela escada do celeiro gemendo e olhando com tristeza para a nora, como pedindo alguma coisa.

Margarida Demmerlé, numa aparição subsequente, lhe dirigiu a palavra e obteve esta resposta:

“Eu sou tua sogra, falecida de parto há 30 anos. Vai em peregrinação ao santuário de Nossa Senhora de Mariental e ali faz celebrar duas Santas Missas por mim”.

Depois da peregrinação, a aparição se mostrou de novo para anunciar a Margarida sua libertação do Purgatório.

Uma das 3 marcas deixadas pelo abade Panzini.
Uma das 3 marcas deixadas pelo abade Panzini.
E a nora, por conselho do pároco, lhe pediu um sinal.

Pousando a mão sobre a “Imitação de Cristo”, deixou então o sinal da queimadura, e depois não apareceu mais.

Aqui temos a marca nº 6. Marca de fogo deixada por um dedo da religiosa Sóror Maria de São Luiz Gonzaga entre o 5 e 6 de junho de 1894.

A relação do fato conta como a referida Sóror Maria, que sofria de tuberculose havia dois anos, com fortes febres, tosse, asma e hemoptise, ficou vítima de desencorajamento e, portanto com vontade de morrer para não sofrer mais.

Mas, como era muito fervorosa, submeteu-se com calma à vontade de Deus.

Alguns dias depois, em 5 de junho 1894, expirou santamente e apareceu entre 5 e 6 de junho vestida como Clarissa, mas reconhecível.

A Sóror Margarita, que estava admirada, explicou que estava no Purgatório para expiar seu movimento de impaciência diante da vontade de Deus.

Pediu orações e sufrágios e, para atestar a realidade de sua aparição, pôs o dedo índice sobre a fronha do travesseiro e prometeu voltar.
Uma das 3 marcas deixadas pelo abade Panzini.
Uma das 3 marcas deixadas pelo abade Panzini.

Apareceu à mesma religiosa entre 20 e 25 de junho, para agradecer à Irmã e dar avisos espirituais à comunidade antes de voar para o Céu. Muito belo.

Marca sobre uma tabuleta antiga onde se escrevia [N.T.: deixada por frei Panzini, ex-abade da Ordem Beneditina Olivetana, em Mantova, no dia 1º de novembro de 1731].

A marca 7a é de uma mão esquerda na tabuleta sobre a qual escrevia a venerável Madre Abadessa [N.T.: Madre Isabella Fornari, Abadessa das Clarissas do mosteiro de São Francisco em Todi, Itália].

A segunda é da mesma mão esquerda sobre uma folha de papel e a outra é da mão direita sobre a manga da túnica.

Portanto, são três marcas de mão – duas da esquerda, é claro – para indicar a todos a importância e por que a freira queria deixar um testemunho de sua presença. Pedindo sempre, como muitas outras almas, orações pela sua alma.

Já o dissemos: são imagens, são testemunhos de uma realidade – a do Purgatório – fundamental para nós. Devemos procurar verdadeiramente ter uma devoção profundíssima pelas santas almas do Purgatório.

São Lourenço libera almas do Purgatório. Lorenzo di Nicolò
São Lourenço libera almas do Purgatório. Lorenzo di Nicolò
Rezar por elas, fazer rezar Missas por elas, porque é o único modo de liberá-las dos sofrimentos do Purgatório. Sofrimento devido ao afastamento do Senhor.

Porque se nós fazemos entrar no Paraíso uma só alma do Purgatório, esta alma, uma vez dentro do Paraíso, terá para conosco um movimento de gratidão pelo dom recebido.

Eis por que resulta muito espontâneo crer na Comunhão dos Santos: os santos do Paraíso, os santos do Purgatório e nós aqui na Terra, Igreja militante que estamos caminhando rumo ao Paraíso e, infelizmente com frequência, passamos pelo Purgatório”.

FIM







Últimos achados astrofísicos afinam com narração bíblica da Criação

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Clem Pryke, Jamie Bock, Chao-Lin Kuo e John Kovacem conferência de imprensa  no Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics in Cambridge, Massachussets
Clem Pryke, Jamie Bock, Chao-Lin Kuo e John Kovac em conferência de imprensa
no Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics in Cambridge, Massachussets

Anunciada nos EUA uma descoberta que é um marco para a astrofísica

Liderados pelo astrônomo John M. Kovac, pesquisadores do Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics, da Universidade de Minnesota, do California Institute of Technology, da Universidade de Stanford e do Jet Propulsion Laboratory da NASA anunciaram a descoberta da “primeira evidência direta” daquilo que os cientistas chamam de “inflação cósmica”.

A expressão indica a teoria segundo a qual, no segundo imediato ao “Big Bang”, o universo expandiu-se a uma velocidade inimaginável. O “Big Bang” (ou “grande explosão”) é a teoria que prevalece na ciência a respeito da origem do mundo, embora com muitas variantes segundo os diversos postuladores.

O novo trabalho também forneceria a primeira demonstração da existência das ondas gravitacionais, ondulações do espaço-tempo, previstas por Albert Einstein, mas nunca detectadas.

Os pesquisadores trabalham no Observatório BICEP2 (Background Imaging of Cosmic Extragalactic Polarisation), um radiotelescópio instalado no Polo Sul

South Pole Telescope, Amundsen-Scott South Pole Station
South Pole Telescope, Amundsen-Scott South Pole Station
A descoberta “nos fornece uma janela sobre o universo em seu comecinho”, explicou o físico teórico Lawrence Krauss, da Universidade Estadual de Arizona State University, que não está engajado no trabalho.

Para Krauss, os achados constituem o maior passo da astrofísica nos últimos 25 anos, pois constituiria um dos maiores avanços na compreensão da formação inicial do universo, comentou o “Times of Israel”.

Os pesquisadores expuseram sua descoberta em conferência de imprensa no Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics de Cambridge, Massachusetts, informou “The Jerusalem Post”.

“Este é o ‘smoking gun’ da inflação cósmica” – comentou Marc Kamionkowski, físico teórico da Universidade Johns Hopkins.

Para cientista não-católico a descoberta confirma a Criação

A descoberta, entretanto, não teve repercussão só na ciência.

O professor Nathan Aviezer, da Universidade Bar Ilan, de Israel, e autor do livro In the Beginning (No começo), explicou que a descoberta vem em apoio do primeiro versículo do Gênesis, escreveu o “The Jerusalem Post”.

Segundo o Prof. Aviezer, a teoria do Big Bang defende que o universo no primeiro instante teve a aparência de uma enorme bola de luz, resultado da Grande Explosão (o Big Bang).

Segundo o Prof. Aviezer, esta teoria cientifica, acrescida das novas descobertas, se encaixa perfeitamente com o Gênesis, que ensina: “Deus disse: ‘Faça-se a luz!’ E a luz foi feita” (Gen 1:3).

Prof. Nathan Aviezer reage à descoberta:
isso é o que está no Gênesis
Por sua vez, o escritor e colaborador do “Jerusalem Post”, Izzy Greenberg, comentou o fato incontroverso: “Quando nós perguntamos como é que o mundo foi criado, podemos concluir que houve um ‘Big Bang’ e, portanto, um ‘Big Banger’ [Deus], pois a ciência não pode dizer o que é que causou o início, por que aconteceu e quando aconteceu”.

A Bíblia não é um livro científico, da mesma maneira que os livros científicos não são textos bíblicos ou dogmáticos. Misturar uma coisa com outra é um desserviço. Mas compreender as concordâncias entre um campo e outro é um fator de progresso.

Segundo o Prof. Joseph Silk, da Universidade da Califórnia e autor de recente livro sobre cosmologia moderna, “o Big Bang é a versão moderna da Criação do universo”, escreveu “The Times of Israel”.

No livro In the Beginning, o Prof. Aviezer cita até o Prêmio Nobel Paul Dirac, da Universidade de Cambridge: “Dirac diz muito claramente que a teoria do Big Bang implica em que ‘é certo que o universo começou num momento definido por um ato de Criação’, e Dirac é um grande ateu”.

Agora não é preciso recorrer à Bíblia para defender a Criação por Deus, disse o Prof. Aviezer. “É um exemplo da divina ironia que levou os cientistas ateus como Dirac e todos os outros a considerarem a verdade do Pentateuco. No momento atual, nós podemos dizer que a Criação é um fato científico”.

O Prof. Aviezer reconhece entrementes que não é finalidade da ciência provar empiricamente a existência de Deus, mas que ele quer apontar como as descobertas científicas concordam com o texto bíblico.

Teólogo medieval antecipou teoria cosmológica atual

Porém, os cientistas que gostam de chamar a Idade Média de “era da escuridão”, de “noite medieval” e de outras denominações pouco elogiosas, levaram mais uma surpresa.

O físico Tom McLeish e seus colegas da Universidade de Durham, no Reino Unido, desenvolveram equações a partir do tratado De Luce– Sobre a Luz – escrito pelo teólogo medieval e bispo de Lincoln, D. Roberto Grosseteste (1168 - 1253).

Dom Roberto Grosseteste se antecipou às teorias astrofísicas modernas sobre a origem do Universo
E chegaram à conclusão de que a teoria do Big Bang, uma das principais teorias cosmológicas da atualidade, foi elaborada primevamente por esse mestre medieval. E mais, ela está inspirando os cientistas atuais a melhorarem suas próprias teorias.

A publicação especializada “The New Scientist” dedicou artigos ao mestre medieval, entre os quais “Medieval multiverse heralded modern cosmic conundrums” , vertido ao português por “Inovação Tecnológica”.

O primeiro a retomar a teoria da expansão do universo no século XX foi o sacerdote, físico e astrônomo belga Mons. Georges Lemaître, (1894–1966) professor de Física na Universidade católica de Louvain.

Quando os físicos da Universidade de Durham traduziram do latim o tratado do grande bispo de Lincoln do século XIII, e transformaram suas afirmações em equações matemáticas, descobriram que o teólogo previu a avançada ideia dos multiversos em 1225.

“Nós tentamos traduzir matematicamente o que ele disse em palavras em latim,” disse McLeish. “Então você tem um conjunto de equações que podem ser inseridas no computador e resolvidas. Estamos explorando matematicamente um novo tipo de universo, que é o que os teóricos das cordas fazem o tempo todo. Apenas estamos sendo teóricos das cordas medievais.”

D. Roberto foi apelidado de Grosseteste pela sua extraordinária capacidade intelectual (Grosse = grande + teste = cabeça). Foi doutor da Escolástica – a mesma escola de Santo Tomás de Aquino e dos grandes mestres medievais – e fundador da escola Franciscana de Oxford.

Ele estudou as obras de Aristóteles, que explicam o movimento das estrelas incorporando a Terra numa série de nove esferas celestes concêntricas.

As coincidências das conclusões de D. Roberto Grosseteste com a teoria cosmológica contemporânea são estarrecedoras, escreveu “The New Scientist”. 

"Imagem do universo", Gautier de Metz, ano 1246
No tratado Sobre a Luz, Grosseteste propôs que o universo concêntrico começou com um flash de luz emitido a partir de um ponto minúsculo, formando uma grande esfera. Isto é o que os cientistas hoje estão tentando demostrar empiricamente.

E as similaridades continuam: Grosseteste propõe que a luz e a matéria são intimamente relacionadas – essencialmente acopladas.

Quando o pulso inicial de luz-matéria em expansão alcançou uma densidade mínima, o universo entrou no que ele chamou de um estado perfeito e parou de se expandir. Esta esfera perfeita emitiu então uma forma diferente de luz que ele chamou de lumen, a qual se propagou para dentro varrendo a matéria “imperfeita”, comprimindo-a como um floco de algodão.

A região menos densa de luz-matéria que restou pode então chegar ao seu estado perfeito e cristalizar-se em uma nova esfera embutida na primeira, que emitiria então seu próprio lumen. Este processo se repetiu até que restou apenas um núcleo de matéria imperfeita, que por sua vez deu origem à Terra.

O reconhecimento da grandiosidade da ideias do autor medieval pode ser uma forma de reatar os laços dos cientistas acadêmicos modernos com seus mestres, escreveu “Inovação Tecnológica”.

Traduzindo em números, a equipe de McLeish descobriu que o modelo resultante produz exatamente o tipo de universo que Grosseteste estava descrevendo: esferas concêntricas que se propagam para dentro.

Ainda há muito a se descobrir, corrigir e acrescentar. Porém, uma coisa parece certa: quanto mais a ciência se aprofunda, mais se aproxima de seus limites, após os quais aparece o Criador em todo seu poder e magnificência.

Bibliografia:
A Medieval Multiverse: Mathematical Modelling of the 13th Century Universe of Robert Grosseteste, Richard G. Bower, Tom C. B. McLeish, Brian K. Tanner, Hannah E. Smithson, Cecilia Panti, Neil Lewis, Proceedings of the Royal Society A, Vol.: 507, 161-163. DOI: 10.1038/507161a.

History: A medieval multiverse ; Tom C. B. McLeish, Richard G. Bower, Brian K. Tanner, Hannah E. Smithson, Cecilia Panti, Neil Lewis, Giles E. M. Gasper, Nature Vol.: 507, 161-163. DOI: 10.1038/507161a


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